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A campanha na Amazônia que receberá 600 mil reais de Greta Thunberg

Ativistas brasileiros querem defender populações tradicionais e indígenas que protegem as florestas

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 jul 2020, 18h51 - Publicado em 20 jul 2020, 18h49

Nesta segunda-feira 20, a ativista ambiental sueca Greta Thunberg foi a vencedora da primeira edição do Prêmio Gulbenkian para a Humanidade. A adolescente ganhou 1 milhão de euros pela sua atuação no combate às mudanças climáticas. Ao receber a notícia, Greta divulgou em suas redes sociais que vai doar o montante a iniciativas que lutam por um mundo sustentável, pela defesa da natureza e que apoiam as pessoas que vivem os piores impactos causados pelo aquecimento global.

A primeira campanha escolhida pela sueca para receber 100.000 euros (o equivalente a 617.000 reais) foi a SOS Amazônia, capitaneada pelo movimento Fridays For Future Brasil em parceria com a ONG Fundação Amazonas Sustentável (FAS). O Fridays For Future foi inspirado pelos protestos que Greta começou a praticar sozinha em frente ao Parlamento de Estocolmo, na Suécia, às sextas-feiras e que, pouco a pouco, com o apoio das redes sociais, ganharam adeptos no país nórdico e em diferentes nações no mundo, incluindo o Brasil.

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No mês passado, o braço brasileiro do movimento global lançou a campanha SOS Amazônia para arrecadar recursos em resposta à falência do sistema público de saúde na Amazônia durante a pandemia de coronavírus, principalmente em Manaus. O prefeito da capital do Amazonas, Arthur Virgílio (PSDM-AM), chegou a pedir ajuda à ativista sueca, que atendeu ao chamado e gravou um vídeo pedindo doações para proteger as populações indígenas, ribeirinhas e comunidades tradicionais.

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Com o lançamento oficial do SOS Amazônia, um grupo de ativistas internacionais e brasileiros, de 15 a 21 anos, se uniram com o objetivo de arrecadar 1 milhão de reais para a compra de equipamentos para as comunidades vulneráveis. De acordo com os organizadores da campanha, as doações atingiram quase 250.000. Elas foram feitas por mais de 1.300 apoiadores e, com o aporte de Greta, o valor agora ultrapassou 800.000 reais.

As primeiras doações chegaram a comunidades indígenas do Amazonas no início de julho. Cestas básicas, máscaras de proteção facial e kits de higiene foram entregues para cerca de 150 famílias das aldeias indígenas Gavião, Inhambé, Sahu-Apé e Tururukari, localizadas próximas de Manaus, além do Centro de Medicina Indígena Bahserikowi. Até o final deste mês, as doações serão encaminhadas para mais 620 famílias de 11 comunidades em Manaus e 400 famílias dos municípios de Santa Isabel do Rio Negro, Lábrea e Tapauá. O objetivo é chegar às comunidades Yanomami, Paumari, Apurinã, Deni, Jamamadi e Jarawara.

Para a ativista brasileira e integrante do Fridays For Future Brasil, Amália Garcez, “estamos tomando medidas nesta crise para garantir que os defensores da natureza possam sobreviver a essa pandemia e permanecer ao nosso lado diante de uma crise climática que não pode mais ser negada”. Na mesma linha, a também ativista Valentina Ruas defende que “as comunidades tradicionais vêm lutando contra perseguição e exploração históricas há séculos. Nós precisamos reforçar constantemente que justiça social e justiça climática estão profundamente conectadas, não podemos proteger o futuro da Amazônia sem antes proteger a vida de seus habitantes, que está sendo ameaçada agora, no presente”.

Além das entregas que já foram feitas, a campanha tem o objetivo de: contribuir com a segurança alimentar de populações indígenas vulneráveis em Manaus e região (3 meses); treinar agentes de saúde para atendimento básico e monitoramento da evolução do vírus em populações em vulnerabilidade; investir em gestores (profissionais de saúde); garantir kits de equipamentos aos agentes (oxímetro, termômetro, máscaras e EPI); e comprar máscaras, dez por família, para adicionar às cestas básicas personalizadas.

De acordo com um dos organizadores da campanha, Iann Côelho, “os povos indígenas são atacados diariamente por representantes do governo federal, proprietários de terras, madeireiros e garimpeiros. É nosso dever moral defender os defensores da floresta dessas ameaças e do coronavírus”. Para o ativista brasileiro que faz parte do grupo, Abel Rodrigues, “o Fridays for Future se tornou um movimento gigante e com grande influência, principalmente na América do Norte e Europa. Não vamos hesitar em usar dessa influência para denunciar o Conselho da Amazônia e incentivar o boicote a produtos brasileiros ligados ao desmatamento da Amazônia”.

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