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Filha e namorada tiveram ‘medo de morrer’ após roubo no ABC, diz advogado

Anaflávia Gonçalves e Carina Ramos admitiram participação no assalto à casa de família carbonizada em São Bernardo, mas negam envolvimento nas mortes

Por Luís Lima
Atualizado em 6 fev 2020, 10h39 - Publicado em 6 fev 2020, 10h27
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  • A frustração causada por não haver encontrado o dinheiro esperado na casa dos empresários Romuyuki Gonçalves e Flaviana Guimarães, em um condomínio fechado em Santo André, no ABC Paulista, enfureceu o grupo de assaltantes, que incluía a filha do casal, Anaflávia Gonçalves, e a namorada dela, Carina Ramos. Os corpos de Gonçalves, Flaviana e do filho Juan, de 15 anos, foram encontrados carbonizados dentro de um veículo, um Jeep Compass, em uma área de mata na Estrada do Montanhão, em São Bernardo, na semana passada.

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    Em entrevista a VEJA, Sebastião Siqueira, advogado que defende as suspeitas, diz que a situação “fugiu do controle” após a operação ter sido mal sucedida, e que elas “tiveram medo de morrer” ao ver a reação dos três comparsas que as acompanhavam – um deles, primo de Carina. “A Carina já conhece o ‘pessoal’, a maneira deles atuarem. Em um primeiro momento, foi combinado apenas de fazer o roubo. Mas a situação fugiu do controle. Elas ficaram com medo de serem mortas”, contou.

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    As afirmações de Siqueira têm como base as mais recentes declarações dadas por Anaflávia e Carina aos policiais do Centro de Operações Integradas (COI), de São Bernardo, nesta quarta-feira 5. No total, os depoimentos, dados separadamente, demoraram cerca cinco horas, das 16h às 21h, aproximadamente. Segundo Siqueira, ambas confessaram a participação no roubo, mas não no assassinato do casal, e do filho mais novo. “A ideia inicial era só praticar o roubo na residência. Eles foram com a intenção de pegar dinheiro, principalmente”, afirmou Siqueira.

    Romuyuki, Flaviana e Juan foram encontrados carbonizados no porta-malas de um Jeep Compass azul, na Estrada do Montanhão, zona rural de São Bernardo, no último dia 28 de janeiro. A família foi morta com golpes na cabeça. A situação saiu do controle, relata Siqueira, depois que um dos bandidos (o qual não especificou a identidade) decidiu levar todos os itens da casa e “partiu para a agressão”.  “Aí a situação tomou outro rumo e fugiu do controle delas”, reforçou o advogado.

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    Anaflávia Gonçalves (à esquerda) com a família, encontrada carbonizada no mês passado
    Anaflávia Gonçalves (à esquerda) com a família, encontrada carbonizada no mês passado em São Bernardo (Reprodução/Facebook)

    Siqueira pretende continuar à frente do caso até o momento em que seguir acreditando que as versões das suspeitas são verdadeiras. “Aguardarei o relatório final da polícia, que deve sair em breve, dada a repercussão do caso”, diz.  Os advogados Lucas Domingos e Isabel Cristina também integram a defesa de Anaflávia e Carina.

    As suspeitas estão detidas desde 29 de janeiro no 7º Distrito Policial (DP) de São Bernardo. O primo de Carina suspeito de envolvimento no crime,  Juliano de Oliveira Ramos Júnior,  confessou o envolvimento no crime e acusou a participação das duas. “Ele (Ramos Júnior) apresentou a companheira (da filha) das vítimas como mentora intelectual e forneceu a identificação dos (outros dois) comparsas”, disse o delegado Ronaldo Tossunian, da seccional de São Bernardo do Campo, na terça-feira 4. Até o momento, a polícia não descarta nenhuma linha de investigação. 

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