Cinco assuntos para entender a semana
VEJA traz os principais temas para você relembrar os acontecimentos e seguir informado para o fim de semana
O coronavírus dominou a pauta da semana em diversas áreas, mas principalmente em saúde, economia e política. Relembre acontecimentos dos últimos dias e siga para o fim de semana bem informado sobre a pandemia.
A CORRIDA PELA VACINA
Em nossa carta ao leitor, reforçamos a necessidade da defesa da ciência neste momento. A pandemia provocou um movimento médico e científico extraordinário em todo o mundo. Profissionais buscam a vacina e tratamentos para a Covid-19. Trata-se de uma ação global inédita e bilionária. Plataformas que publicam estudos já possuem centenas de artigos protocolados sobre o assunto. Houve ainda novas descobertas da medicina sobre a doença (confira cinco delas aqui), como os novos sintomas, caso da falta de olfato e paladar.
OS CAMINHOS PARA A RECUPERAÇÃO ECONÔMICA
A pandemia tem causada efeitos catastróficos na economia mundial. Donald Trump, por exemplo, sancionou o maior pacote de estímulo da história dos EUA, de 2 trilhões de dólares. No Brasil, o governo traçou planos como ajudar trabalhadores informais com um benefício de 600 reais – saiba quem pode receber a ajuda. Bancos também flexibilizaram pagamentos – veja como pedir o adiamento de prestações de imóvel e carro por 60 dias. Em um estudo ainda preliminar, a Fundação Getulio Vargas projeta, num cenário pessimista, que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil possa cair 4,4% até dezembro. Dificilmente o país vai superar o impacto se o governo não abrir os cofres e o debate sobre a retomada não for feito com equilíbrio.
A APOSTA PERIGOSA DE BOLSONARO
Na crise da Covid-19, Bolsonaro faz aposta perigosa e se isola ainda mais. Nesta semana, o presidente aumentou a postura negacionista sobre os perigos do coronavírus e tentou jogar no colo dos adversários o impacto econômico da pandemia. Em um pronunciamento na última terça, 24, que vai entrar para história devido à dose cavalar de insensatez condensada em pouco menos de cinco minutos, ele bateu de frente até com as normas do Ministério da Saúde. VEJA consultou médicos especialistas que rebateram os equívocos do texto. Além disso, autoridades antes aliadas romperam com o presidente, caso de Reinaldo Caiado, governador de Goiás, devido ao pronunciamento.
AS RELAÇÕES HUMANAS QUARENTENA
Esses novos tempos causaram mudanças nas relações humanas, com as pessoas em suas casas para evitar a transmissão do vírus. Graças a apps de videoconferência, que batem pico de procura, o distanciamento social está sendo minimizado. As pessoas continuam próximas daqueles que estimam e amam, mas com os quais não dividem o mesmo teto. Com um número maior de usuários na internet — em março houve um aumento de 40% no tempo de conexão via dispositivos fixos —, o tráfego de dados no Brasil bateu recordes e também nas nações mais afetadas pela doença, levando empresas como Netflix e YouTube a reduzir a qualidade de imagem em seus vídeos.
O COLAPSO NO ENTRETENIMENTO
Uma das áreas mais afetadas neste momento é a indústria do entretenimento. Isso porque depende em grande parte de congregações humanas tanto na ponta da produção quanto no outro extremo, o do consumo — e porque a diversão e a cultura, embora fundamentais para o bem-estar, não são essenciais à vida como o é pôr comida na mesa. De museus a cinemas, toda a cadeia produtiva agoniza por força da devastação econômica provocada pela pandemia. E a crise será longa. Pela primeira vez na história, por exemplo, as novelas da Globo foram trocadas por reprises, o que mostra que o estado atual é de apagão.