Qualquer tipo de crime que venha a ocorrer dentro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) será alvo de flagrante instantâneo. Em um acordo de cooperação assinado com a Secretaria de Segurança do DF, o tribunal decidiu compartilhar as imagens de câmeras de seu circuito fechado com as polícias de Brasília para dar maior eficiência em eventuais intervenções preventivas, repressivas e investigativas, auxiliando no processo de identificação de infratores e na realização de perícias.
Para ter acesso instantâneo às imagens das câmeras internas do STJ, o secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, assinou o acordo de cooperação com o presidente do tribunal, ministro João Otávio de Noronha. O extrato de acordo de cooperação técnica tem validade de 5 anos, prazo que posteriormente poderá ser renovado. O secretário Anderson Torres é delegado da Polícia Federal. Ele diz que a captação de imagens é muito importante para garantir a segurança. A secretaria já fechou convênios com outros órgãos públicos para captar imagens para o centro de inteligência, operado por policiais.
“Estamos caminhando para ter uma cidade inteligente e totalmente monitorada. O ideal é monitorar tudo, para fins de prevenção, repressão e investigação”, diz Anderson Torres a VEJA. Ele afirmou que o centro de inteligência da secretaria já possui 700 câmeras de alta definição espalhadas por Brasília, em cima de vários prédios públicos e dentro de alguns edifícios. Algumas destas câmeras estão em cima de prédios como os do Congresso Nacional e da Torre de Televisão, no centro da cidade.
Segundo Anderson, há câmeras com altíssima resolução, estrategicamente posicionadas, que permitem identificar com precisão manifestantes e carros roubados a partir da leitura da placa do veículo. No futuro, a intenção do delegado é esquadrinhar ainda mais a cidade no centro de inteligência. “Ainda não temos capacidade técnica para receber imagens e câmeras de padarias e farmácias, por exemplo, mas estamos fechando convênios com todos os órgãos públicos”, diz o delegado.