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ANÁLISE Regina Duarte resgata uniforme de Roberto Alvim e assume a Cultura

Em entrevista na CNN, atriz esqueceu o discurso de posse e assumiu personagem radical para conquistar migalhas de apoio de Bolsonaro

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2020, 20h06 - Publicado em 7 Maio 2020, 19h28

Regina Duarte passou dois meses apagada no comando da Secretaria de Cultura do governo de Jair Bolsonaro. Depois de assumir o cargo prometendo “pacificação e diálogo permanente” com o setor cultural, a atriz tornou-se alvo de um bombardeio da ala radical bolsonarista, que decidiu tentar cavar sua saída do cargo por não aceitar sua sinalização de aproximação com o meio artístico odiado pelo governo.

Desprezada pelo presidente, que esvaziou seus poderes e lhe deixou entregue à própria sorte no cargo, Regina não conseguiu sequer montar a própria equipe. Aturou humilhações que levaram até sua família e seus amigos a pedirem que ela se demitisse. Nesta semana, ela tinha uma decisão a tomar.

Manter o figurino equilibrado com que assumiu no dia da posse, prometendo dialogar com o setor mais odiado pelo presidente, ou vestir a farda deixada por Roberto Alvim no gabinete da Cultura. Na primeira entrevista concedida após a posse, a atriz informou ao país que fica, e tratou de mostrar suas credenciais ao chefe.

Em poucos minutos de conversa, Regina ovacionou a ditadura — “não era bom quando a gente cantava isso?” –, minimizou as mortes do regime militar — “na humanidade, não para de morrer” –, ironizou a tortura – “sempre houve tortura” — e fez piada com o próprio silêncio diante do falecimento de nomes consagrados das artes — Rubem Fonseca, Moraes Moreira, Flávio Migliaccio, Aldir Blanc…. “Imaginei assim: será que eu vou ter que virar um obituário”, disse.

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No dia da posse, Regina, no papel de alto nível que imaginou desempenhar, disse a Bolsonaro: “O convite que me trouxe até aqui falava em porteira fechada, carta branca. Não vou esquecer não, presidente”.

A carta branca nunca esteve em suas mãos e, para merecer frequentar o clube de Bolsonaro no Planalto, esqueceu, sim, segundo amigos, o propósito que a levou ao governo. Fez pouco caso das mortes de quase  10.000 brasileiros, distribuiu grosserias contra os jornalistas — a apresentadora Daniela Lima e o repórter Daniel Adjuto deram aula de controle, diante do destempero.

Nesta quinta, a secretária Regina Duarte vestiu o figurino e subiu ao palco: “Não quero arrastar um cemitério de mortos nas minhas costas. Não desejo isso pra ninguém. Sou leve, sabe? Tô viva!”

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