O ‘ataque de estrela’ de Regina Duarte em rede nacional
Entrevista da Secretária de Cultura teve apoio à ditadura, desabafo sobre Moro e piti com jornalistas
A entrevista da secretária de Cultura Regina Duarte à CNN nem de longe lembrou as espetaculares atuações representadas pela atriz em rede nacional – ao contrário, se transformou em barraco ao vivo e em cores.
Em pouco mais de 20 minutos, Regina disse que ficou em silêncio sobre as mortes de Rubem Fonseca, Luiz Alfredo Garcia-Roza, Moraes Moreira, Flávio Migliaccio e Aldir Blanc porque não queria virar um “obituário”. Também disse, para espanto dos espectadores, que “tortura sempre existiu”.
Lamentou a saída de Sergio Moro “da nossa Lava-Jato” do governo Bolsonaro, e disse que ficou “profundamente triste”. “Triste pelo povo brasileiro, pelo tanto que a gente esperava que ele e Bolsonaro permanecessem juntos. Eu fiquei tão traumatizada, mas eles devem ter suas razões para terem rompido dessa maneira”, disse.
Perguntada sobre as críticas que vem sofrendo da classe artística, foi categórica: “amo meu setor, o setor gosta de mim, o setor me ama”. E disse que não está pronta para sair do governo. “Quero ficar, fazer meu trabalho, tenho um projeto”, afirmou.
Mas o ápice da atuação foi o ataque de estrelismo que a secretária-atriz deu ao se deparar com a apresentação de um vídeo em que a colega Maitê Proença levava apelos da classe artística. Regina ficou furiosa, disse que não iria ouvir, e passou a atacar…a imprensa.
“Quem é você para desenterrar isso? Quem é você para falar assim?”, repetia, ao vivo, para constrangimento de todos. Menos dos jornalistas, cuja missão, todos sabem, é perguntar.