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TCM cobra plano de contingência para febre maculosa à prefeitura de SP

Em ofício, órgão solicitou informações sobre campanhas informativas e locais com risco de proliferação de carrapatos na capital paulista

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 jun 2023, 11h19

O Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM) enviou ofício à prefeitura da capital paulista nesta quinta-feira, 15, cobrando esclarecimentos sobre realização de campanhas informativas e mapeamento de locais com risco de proliferação de carrapatos transmissores da febre maculosa na cidade de São Paulo. A solicitação ocorre após a confirmação de quatro mortes pela doença de pessoas que estiveram em um evento em uma fazenda em Campinas.

No ofício, ao qual VEJA teve acesso, o presidente do TCM, Eduardo Tuma, solicita as notificações de casos suspeitos e confirmados de febre maculosa entre 2021 e 2023 registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde, o plano de combate à proliferação do carrapato-estrela (Amblyomma) na capital “com o detalhamento das ações, periodicidade, unidades e recursos envolvidos” e indicação dos locais com maior risco de proliferação dos aracnídeos.

Tuma também pediu dados sobre o atual plano de conscientização sobre a doença, tendo em vista que a prefeitura já possui uma cartilha com informações sobre o combate à febre maculosas voltada para a população e profissionais de saúde, desenvolvida em 2017 e atualizada em 2020.

Por fim, o presidente da Corte de Contas solicita a lista de doenças infecciosas com maior incidência na cidade de São Paulo e os seus planos de ação para prevenção e combate.

Surto de febre maculosa

Até o momento, o Instituto Adolfo Lutz, órgão ligado ao governo do estado de São Paulo, confirmou quatro mortes causadas pela doença em pessoas que estiveram em um evento realizado no fim de maio na Fazenda Santa Margarida, na região de Campinas, onde foi constatado um surto da doença após a morte de outras três pessoas. A última vítima foi uma adolescente de 16 anos que estava internada em um hospital particular desde 9 de junho e que morreu na última terça-feira, 13.

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Outra vítima foi o empresário e piloto do Campeonato Paulista de Automobilismo (C300 Cup) Douglas Costa, de 42 anos, que morreu na última quinta-feira, 8. Ele e a namorada, uma dentista de 36 anos que morava na capital, estiveram na Fazenda Santa Margarida, localizada no distrito de Joaquim Egídio (em Campinas), e apresentaram febre, dores e manchas pelo corpo.

Segundo a prefeitura de Jundiaí, cidade onde Costa morava, ele foi internado no dia 7 em um hospital particular e médicos investigavam suspeita de dengue, leptospirose ou febre maculosa. No dia seguinte, ele morreu. A namorada do piloto morreu no mesmo dia.

A prefeitura de Campinas confirmou ainda a morte de uma mulher de 28 anos moradora de Hortolândia, que esteve no mesmo evento e também morreu no dia 8.

“Os responsáveis pela fazenda foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa. Essa informação é imprescindível para que a pessoa adote comportamentos seguros ao frequentar estes espaços e também para que, após frequentar, se apresentar sinais e sintomas, informe o médico e facilite o diagnóstico”, informou, em nota, a gestão municipal. Nos próximos dias, equipes do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) vão verificar o quadro de infestação por carrapatos no local.

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De acordo com os últimos dados da Secretaria de Estado da Saúde, foram registrados 17 casos da doença com oito mortes neste ano. No ano passado, em todo o estado, foram 63 episódios com 44 óbitos confirmados.

Febre maculosa

A febre maculosa é causada por carrapatos infectados pela bactéria Rickettsia rickettsii e tem como principal sintoma a febre alta, algo que costuma fazer com que ela seja confundida com outras doenças. A transmissão ocorre após o carrapato ficar, ao menos, quatro horas fixado à pele.

Assis, as regiões mais periféricas da região metropolitana de São Paulo e o litoral paulista são regiões onde a doença é detectada, mas os casos se concentram em Campinas e Piracicaba.

A secretaria recomenda que “pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão estejam atentas ao menor sinal de febre, dor no corpo, desânimo, náuseas, vômito, diarreia e dor abdominal e que procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença”. Regiões onde há transmissão de febre maculosa em São Paulo podem ser encontradas aqui.

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O tratamento é feito com um tipo específico de antibiótico que deve ser administrado dois a três dias após a manifestação dos sintomas e tomados por dez a 14 dias.

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