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OMS diz que quase metade dos 17 mil mortos em Gaza são crianças

Em reunião, entidade alertou para situação dramática e pediu cessar fogo. Israel acusou OMS de omissão e Brasil falou em catástrofe humanitária

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 dez 2023, 14h50 - Publicado em 10 dez 2023, 14h49

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou neste domingo 10, em uma reunião de emergência, que dos 17 mil mortos em Gaza, quase metade são crianças. Segundo a entidade, são 7,7 mil crianças mortas, número que equivale a mais de 45% do total de óbitos registrado na guerra entre Israel e Hamas. “Uma situação catastrófica”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Gebreyesus no encontro convocado pelos países árabes e apoiado pelo Brasil e China para pedir ajuda à agência internacional em salvar vidas na zona de conflito.

Entre os sobreviventes, o líder da OMS classificou a situação como “dramática”, destacando um enorme risco de epidemias pelas condições insalubres em que estão vivendo os palestinos. De acordo com ele, atualmente existe apenas um chuveiro para cada 700 pessoas e um vaso sanitário para a utilização de 150 pessoas. Tedros também destacou o nascimento de 180 crianças no local, em circunstâncias “deploráveis”. “O sistema de saúde está de joelhos”, disse, referindo-se aos pouquíssimos hospitais que estão funcionado em Gaza. “Ninguém está a salvo por lá.”

Israel acusa OMS de omissão

Tedros também condenou os ataques do Hamas em 7 de outubro, que deixou mais de 1200 mortos, afirmando entender a raiva e o medo dos israelenses e fez duras críticas aos Estados Unidos que vetou o cessar fogo em Gaza, pedido pelo Conselho de Segurança da ONU há dois dias.

“Na situação atual é quase impossível salvar vidas em Gaza”, disse ele, pedindo novamente o cessar fogo automaticamente contestado por Israel, que além de afirmar que não irá suspender sua operação em Gaza, acusou a entidade de “dispensar um tratamento diferente às vítimas israelenses”. “Foi Israel que acordou em 7 de outubro sob ataque do Hamas”, disse a embaixadora do país, Meirav Shahar. “Foram 11 mil bombas, além de sequestros e estupros. Reconhecemos o sofrimento em Gaza, mas a responsabilidade é totalmente do Hamas, a quem declaramos guerra”, completou. Ela ainda declarou que OMS foi omissa aos ataques do Hamas.

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“Catástrofe Humanitária”, diz Brasil

Durante a reunião, o embaixador do Brasil, Tovar da Silva Nunes, alertou para um colapso no sistema de saúde em Gaza, classificando a guerra como uma “catástrofe humanitária”. “Estamos muito preocupados com os efeitos desproporcionais do conflito em mulheres e crianças”, declarou, destacando a falta de acesso aos serviços básicos de saúde pela população.

Silva Nunes voltou a pedir ajuda humanitária para os civis que estão sofrendo na zona de conflito e apelas a Israel e Hamas que parem de atacar hospitais e locais de saúde, além da libertarem os reféns.

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