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Maioria da população mundial consome sódio em excesso

Levantamento global mostrou que 75% das pessoas no mundo ingerem o dobro da quantidade diária de sódio recomendada por órgãos de saúde. Consumo está ligado a hipertensão e mortes por problemas cardiovasculares

Por Da Redação
22 mar 2013, 10h49
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  • Três em cada quatro adultos no mundo consomem cerca do dobro da quantidade diária de sódio recomendada pelos órgãos de saúde. Essa é a conclusão de um estudo apresentado nesta quinta-feira no encontro anual da Associação Americana do Coração, em Nova Orleans, Estados Unidos. Ainda segundo a pesquisa, o consumo excessivo de sal contribuiu para 2,3 milhões de mortes no mundo em 2010.

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    A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que não sejam consumidos mais do que dois gramas de sódio por dia – o que equivale a cinco gramas de sal (40% do sal é composto por sódio). Segundo essa nova pesquisa, a média de consumo de sódio entre adultos no mundo em 2010 foi de aproximadamente quatro gramas. As principais fontes de sódio são sal de cozinha, alimentos congelados e molhos ou temperos prontos.

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    O estudo levou em consideração 247 levantamentos sobre nutrição que fizeram parte do Global Burden of Diseases 2010 (Carga Global de Doença 2010), pesquisa que avaliou as doenças e mortes em todo o mundo ao longo de 20 anos. Segundo o novo trabalho, os habitantes de 187 países, que representam 99% da população mundial, excedem as recomendações da OMS sobre ingestão diária de sódio.

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    Medidas de restrição ao sal poderiam reduzir em até 3% as mortes por doenças cardiovasculares

    Prejuízos – Os autores da pesquisa explicam que esses dados são preocupantes pois o sal em excesso é responsável por causar uma série de problemas, como a hipertensão – que, hoje, é o maior fator de risco à saúde no mundo, de acordo com o Global Burden of Diseases. Além disso, a pressão alta pode desencadear doenças cardiovasculares, as principais causas de morte ao redor do mundo.

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    O mesmo levantamento indicou que o consumo excessivo de sal está relacionado a 2,3 milhões de mortes que ocorreram ao redor do mundo em 2010 em decorrência de ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e outras doenças associadas a esses problemas. Esse número representa 15% de todos os óbitos por essas causas.

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    Saman Fahimi, pesquisador da Faculdade de Saúde Pública da Universidade Harvard e autor do estudo, espera que esses dados possam incentivar os governos nacionais a tomar medidas que reduzam a ingestão de sal entre a população. No Brasil, por exemplo, um programa do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação, estabelecido em 2011, estipulou a redução de sódio de produtos processados no país de forma gradual. Até o final do ano passado, foram anunciadas reduções para 13 classes de alimentos, entre eles o pão francês e a maionese. A meta é retirar até 20 mil toneladas de sódio até 2020.

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    O consumo de sódio do brasileiro não foge da média global. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil, consome-se cerca de 12 gramas de sal por dia – aproximadamente 4,8 gramas de sódio e mais do que o dobro do recomendado pela OMS. Uma pesquisa feita em 2012 pela Anvisa identificou um alto teor de sódio em grande parte dos alimentos vendidos no Brasil. O queijo parmesão ralado foi o campeão em teor de sódio – cada 100 gramas do produto tem, em média, 1.981 gramas de sódio, praticamente a quantidade máxima recomendada para o dia todo.

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