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Após fazer fisioterapia, Lula passa a tarde estável, diz boletim médico

Na manhã desde sábado, presidente também fez caminhada; previsão de alta é na próxima terça-feira, 3

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 set 2023, 19h44 - Publicado em 30 set 2023, 19h39

Em novo boletim médico do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulgado na noite deste sábado, 29, o Hospital Sírio-Libanês informou que ele “passou a tarde estável” e continua internado em um apartamento da unidade de Brasília do hospital

Mais cedo, a equipe médica informou que ele passou a noite estável, caminhou pela manhã e fez sessões de fisioterapia. Nesta sexta-feira, 29, o presidente foi submetido a uma cirurgia para colocação de uma prótese para tratar a artrose, desgaste das cartilagens que revestem as articulações, no lado direito do quadril e também uma blefaroplastia, procedimento para correção das pálpebras.

A previsão é de que ele fique internado até a próxima terça-feira, 3, e faça despachos ao longo de quatro semanas do Palácio da Alvorada, residência oficial, enquanto se recupera da operação.

Entenda a artroplastia total de quadril

Antes da cirurgia, Lula tinha feito intervenções para aliviar o desconforto, como infiltrações na região. Em julho, Kalil disse a VEJA que essas medidas são adotadas para conter a dor, mas “o tratamento definitivo é a cirurgia com a colocação da prótese”.

Ortopedista especialista em quadril do Hospital Sírio-Libanês e cirurgião que operou Lula, Giancarlo Polesello explica que a artrose pode ocorrer por causa de envelhecimento, alterações genéticas e traumas. Com o desgaste das cartilagens das articulações móveis, os ossos começam a entrar em atrito, levando à sensação dolorosa ao se locomover que o presidente relatava.

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Na cirurgia, é feita uma incisão na região e é realizada a separação do fêmur, osso da coxa, do encaixe no acetábulo, localizado no quadril. Após a limpeza para a retirada de resíduos da cartilagem, a prótese é instalada neste ponto de junção e passa a ter a tarefa de fazer os ossos deslizarem sem fricções.

“É uma cirurgia substitutiva. A gente troca a cartilagem por prótese com duas superfícies de fricção. São superfícies articulantes que entram em contato entre si”, diz Polesello.

Segundo o ortopedista, há uma variada gama de materiais que podem compor as próteses e a escolha é definida pelo especialista de acordo com o caso. “Há mais de 600 tipos de próteses: com ligas de cromo e cobalto, aço inox, cerâmica, polietilenos ou combinações de materiais.”

Embora seja considerado um procedimento de grande porte, cuja duração pode chegar a duas horas, é considerado seguro e a alta hospitalar não demora. “É uma técnica cirúrgica que evoluiu muito. Na década de 1970, o paciente ficava de seis a oito semanas no hospital. Agora, o paciente vai embora menos de uma semana após a cirurgia.”

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Polesello afirma que a cirurgia é importante pelo fato de se tratar de uma articulação de carga ligada ao processo de locomoção. “A pessoa começa a mancar e, com osteoartrite no quadril, o outro lado é impactado, e pode afetar também a coluna e o joelho.”

Recuperação após a cirurgia

De um modo geral, no período de recuperação, o paciente não fica sem se mexer. Ainda nas primeiras 24 horas, ele é estimulado a fazer movimentos de contração nas regiões abdominal e glútea, além de ativar quadril, joelho e tornozelo, até para evitar problemas circulatórios. Serão treinadas ainda a marcha e as posições para dormir.

Em quatro a seis semanas após o procedimento, o paciente pode caminhar sem dificuldade, e alongamentos e exercícios mais intensos podem ser incluídos na rotina pós-operatória.

De acordo com um guia de reabilitação desenvolvido por Polesello e outros especialistas, baseado em estudos científicos, atividades físicas leves, como caminhada e hidroterapia, podem ser iniciadas a partir de oito semanas. Exercícios vigorosos e de alto impacto são permitidos depois de seis meses, mas somente após avaliação médica.

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O prazo de seis a oito semanas é estipulado para retomada da vida sexual e é possível voltar a dirigir em um tempo médio de oito semanas.

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