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Cirurgia de Lula: entenda como será colocação de prótese no quadril

Procedimento agendado para esta sexta-feira será para tratamento de artrose, um desgaste natural da cartilagem; presidente deu entrada em hospital às 8h30

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 set 2023, 16h03 - Publicado em 29 set 2023, 10h09

Após meses relatando dores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será submetido nesta sexta-feira, 29, a uma cirurgia para colocação de uma prótese para tratar a artrose, como é conhecida a osteoartrite, no quadril. O problema consiste no desgaste natural das cartilagens que revestem as articulações, e o procedimento cirúrgico é indicado para casos mais avançados. Segundo a assessoria da Presidência, Lula deu entrada na unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libanês às 8h30.

Antes da cirurgia, Lula tinha feito intervenções para aliviar o desconforto, como infiltrações na região. Em julho, o médico cardiologista Roberto Kalil Filho, que acompanha a saúde do mandatário, disse a VEJA que essas medidas são adotadas para conter a dor, mas “o tratamento definitivo é a cirurgia com a colocação da prótese”.

Ortopedista especialista em quadril do Hospital Sírio-Libanês, Giancarlo Polesello explica que a artrose pode ocorrer por causa do envelhecimento, alterações genéticas e traumas. Com o desgaste das cartilagens das articulações móveis, os ossos começam a entrar em atrito, levando à sensação dolorosa ao se locomover que o presidente relatava.

Na cirurgia, é feita uma incisão na região e é realizada a separação do fêmur, osso da coxa, do encaixe no acetábulo, localizado no quadril. Após a limpeza para a retirada de resíduos da cartilagem, a prótese é instalada neste ponto de junção e passa a ter a tarefa de fazer os ossos deslizarem sem fricções.

“É uma cirurgia substitutiva. A gente troca a cartilagem por prótese com duas superfícies de fricção. São superfícies articulantes que entram em contato entre si”, diz Polesello.

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Segundo o ortopedista, há uma variada gama de materiais que podem compor as próteses e a escolha é definida pelo especialista de acordo com o caso. “Há mais de 600 tipos de próteses: com ligas de cromo e cobalto, aço inox, cerâmica, polietilenos ou combinações de materiais.”

Embora seja considerado um procedimento de grande porte, cuja duração pode chegar a duas horas, é considerado seguro e a alta hospitalar não demora. “É uma técnica cirúrgica que evoluiu muito. Na década de 1970, o paciente ficava de seis a oito semanas no hospital. Agora, o paciente vai embora menos de uma semana após a cirurgia.”

A previsão é de que o presidente fique internado até a próxima terça-feira, 3, e faça despachos ao longo de quatro semanas do Palácio da Alvorada, residência oficial, enquanto se recupera da cirurgia. Uma coletiva explicando o procedimento e como será a recuperação nos próximos dias deve ser realizada ainda nesta sexta.

Polesello afirma que a cirurgia é importante pelo fato de se tratar de uma articulação de carga ligada ao processo de locomoção. “A pessoa começa a mancar e, com osteoartrite no quadril, o outro lado é impactado, e pode afetar também a coluna e o joelho.”

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Recuperação após a cirurgia

No período de recuperação, o paciente não fica sem se mexer. Ainda nas primeiras 24 horas, ele é estimulado a fazer movimentos de contração nas regiões abdominal e glútea, além de ativar quadril, joelho e tornozelo, até para evitar problemas circulatórios. Serão treinadas ainda a marcha e as posições para dormir.

Em quatro a seis semanas após o procedimento, o paciente pode caminhar sem dificuldade, e alongamentos e exercícios mais intensos podem ser incluídos na rotina pós-operatória.

De acordo com um guia de reabilitação desenvolvido por Polesello e outros especialistas, baseado em estudos científicos, atividades físicas leves, como caminhada e hidroterapia, podem ser iniciadas a partir de oito semanas. Exercícios vigorosos e de alto impacto são permitidos depois de seis meses, mas somente após avaliação médica.

O prazo de seis a oito semanas é estipulado para retomada da vida sexual e é possível voltar a dirigir em um tempo médio de oito semanas.

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