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Vizinhos de Bolsonaro começaram a festejar no início da tarde

Policiais federais e militares cercam a casa do candidato do PSL – condomínio tem 150 residências

Por Fernando Molica
Atualizado em 28 out 2018, 19h57 - Publicado em 28 out 2018, 17h31

No início da tarde deste domingo, 28, vizinhos de Jair Bolsonaro já se reuniam nos quintais de suas casas, em torno de churrasqueiras, para iniciar as comemorações pela possível vitória do candidato do PSL à Presidência. A festa começou a ser preparada ainda cedo em algumas das 150 casas do Condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O som de música sertaneja era volta e meia interrompido pelo espocar de fogos de artifício.

Às 12h30, um dos moradores da rua C – onde vive o presidenciável – ofereceu gelo a um vizinho que mora em frente. Havia exagerado na hora da compra. Vestida com uma camisa amarela da seleção e empunhando uma bandeira brasileira, uma moradora passou por eles e gritou “Vai ser de lavada!”. Eles vivem a poucos metros da casa 58, a do presidenciável. Por volta das 15 horas, pessoas vestidas com camisas da campanha de Bolsonaro, circulavam pelas ruas com garrafas de cerveja e taças de vinho.

 

Aos poucos, correligionários chegavam ao condomínio. Presidente do PSL, Gustavo Bebianno entrou por volta das 15 horas. Uma hora depois foi a vez do astronauta Marcos Pontes, cotado para assumir o Ministério da Ciência num governo Bolsonaro. Candidato do PSC ao governo do Rio, Wilson Witzel esteve na noite de sábado na casa do capitão da reserva. Vestidos com camisas que faziam alusão ao candidato, muitos moradores foram até a praia acompanhar a movimentação de eleitores.

De dois andares, como quase todas do condomínio, a casa de Bolsonaro está protegida por barreiras móveis há uma semana. Vigiado por policiais federais, o imóvel ganhou também uma rede de camuflagem, que, colocada na varanda do térreo, dá mais privacidade ao seu morador.  Dois furgões com equipamentos de transmissão ao vivo – da TV Globo e de uma produtora independente  – estavam estacionados diante do imóvel. A Globo ficou responsável pela gravação da fala de Bolsonaro após a proclamação do resultado – o sinal será liberado para todas as emissoras.

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Na rua B – que dá acesso aos fundos da residência e onde mora o vereador Carlos Bolsonaro – a segurança era feita por policiais do Bope, Batalhão de Operações Policiais da PM. Postados diante de dois veículos do batalhão, eles exibiam fuzis ao lado de crianças que jogavam futebol – um menino de cerca de seis anos circulava com um pequeno equipamento de som que reproduzia o Hino Nacional. Diante da rua onde vive Bolsonaro havia uma ambulância da Core, Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil.

 Construído há cerca de cinquenta anos, o condomínio, que fica em frente à praia, é dos mais antigos da Barra da Tijuca e tem sete ruas internas. As casas, quase todas de dois andares, eram típicas de cidades de veraneio e foram sendo ampliadas ao longo do tempo. Neste domingo, várias delas exibiam bandeiras do Brasil. A reportagem de VEJA só viu uma casa com bandeira com o nome de Fernando Haddad – em resposta, o vizinho da frente colocou na janela dois “pixulecos”, bonecos que simulam o ex-presidente Lula com uniforme de presidiário. No conjunto moram também a cantora Rosemary e um implicado na Operação Lava Jato que chegou a ser preso.

Alguns dos poucos moradores do condomínio que exibiam adesivos de Haddad chegaram a ser hostilizados por simpatizantes de Bolsonaro que se concentravam diante do condomínio. Uma estudante de direito de 21 anos ouviu que era uma “afronta” usar camiseta vermelha. Sua mãe, que entrou de carro e que tinha um adesivo na roupa foi chamada de “petista safada”.

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