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Rose teve ‘relação criminal’ com quadrilha, diz Cardozo

Ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo utilizava seu cargo para garantir benefícios à quadrilha que vendia pareceres de órgãos federais

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 dez 2012, 15h08
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  • O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta terça-feira que a ex-chefe de gabinete da presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, mantinha uma “relação indevida e criminal” com a quadrilha desarticulada na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. As investigações mostram que Rose, como é conhecida, atuava em benefício da quadrilha chefiada pelo ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Vieira. Com o estouro da investigação, ela acabou indiciada pelos crimes de corrupção ativa, tráfico de influência e falsidade ideológica e foi exonerada do cargo.

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    Cardozo, que presta esclarecimentos nesta terça-feira para as comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, foi cobrado por parlamentares de oposição sobre a razão de não indiciar a ex-chefe de gabinete também por formação de quadrilha.

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    “Os policiais não sofreram nenhuma ingerência política e chegaram à conclusão que chegaram. Rosemary era uma pessoa que mantinha contatos ilegais, que fazia situações indevidas, o que motivou ter sido indiciada por três crimes, mas não como (integrante) da quadrilha”, disse o ministro.

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    “Ela teve uma relação indevida e criminal. Não estou defendendo a senhora Rose. Tráfico de influência era o que ela fazia. E, se a Polícia Federal vier a pegar outras provas e elementos, a imputação mudará. Eles farão isso com muita independência”, completou Cardozo. Ao longo de toda a audiência, o chefe da pasta da Justiça, responsável hierárquico pela Polícia Federal, negou que estivesse defendendo a ex-chefe de gabinete, que é muito próxima do ex-presidente Lula.

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    Conforme Cardozo, Rosemary Noronha utilizava de seu cargo para garantir benefícios para a quadrilha. As investigações apontam que ela buscava se cacifar afirmando que falaria com o ex-presidente para resolver determinada pendência, embora a Polícia Federal afirme que não há registros de que Lula tivesse conhecimento das irregularidades. “O que dava a ela liberdade para fazer isso era seu cargo, e isso está sob investigação”, afirmou Cardozo. “Imaginar que o presidente Lula está por trás disso, a meu ver, está desmentido. O presidente Lula não estava envolvido.”

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    AGU Durante audiência na Câmara dos Deputados, José Eduardo Cardozo ainda saiu em defesa do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, cujo braço direito, José Weber Holanda, foi um dos indiciados na operação Porto Seguro. Para o ministro, Adams confiou em seu auxiliar e não tinha conhecimento das irregularidades cometidas por ele.

    “Não posso fazer imputação ao ministro Adams. Ele escolheu alguém em quem confiou, mas lamentavelmente essa pessoa pode ter incorrido em faltas gravíssimas”, opinou. Cardozo disse também que não é possível que as autoridades tenham “o poder da onisciência” sobre o perfil de cada nomeado e se valeu do episódio envolvendo o senador cassado Demóstenes Torres, que perdeu o cargo por manter relações com o contraventor Carlinhos Cachoeira, para defender o advogado-geral.

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    “Quantas vezes não nos engamos em nomeações e em situações de convivência? Fui premiado por esse senador (Demóstenes) por combate à corrupção e qual a minha surpresa ao ver na operação Monte Carlo esse senador envolvido com uma quadrilha”, disse.

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