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Mais um secretário Kassab é citado em investigação do ISS

Segundo testemunhas, Antonino Grasso, o Nino, solicitava favores ao grupo na arrecadação do IPTU. Atual subprefeito de Haddad, ele nega as acusações

Por Da Redação
19 nov 2013, 07h11
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  • Mais um secretário da gestão do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) foi relacionado à quadrilha de servidores municipais acusados de cobrar propina para fraudar o pagamento de impostos e beneficiar construtoras na cidade. Segundo depoimento de uma testemunha protegida pelo Ministério Público Estadual (MPE), Antonino Grasso, o Nino, solicitava favores ao grupo de auditores fiscais na arrecadação de imposto predial e territorial urbano (IPTU) e teria dado dinheiro a um dos suspeitos. Atualmente, Nino é subprefeito interino de Pinheiros, indicado por seu partido, o PV, ao prefeito Fernando Haddad (PT). Ele nega as denúncias.

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    Nino foi secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida entre abril e outubro de 2012. Chefe de gabinete da Subprefeitura de Pinheiros desde junho, ele é o segundo nome do primeiro escalão da gestão Kassab a ser citado – o outro é o ex-secretário municipal de Finanças, Walter Aluísio Morais Rodrigues, além de seu adjunto, Silvio Dias. A Controladoria Geral do Município (CGM) vai apurar se Nino praticou irregularidades.

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    Segundo a testemunha, o verde “conversava muito com Ronilson [Bezerra Rodrigues, apontado como líder da quadrilha] e [Eduardo Horle] Barcellos [fiscal acusado] na Secretaria de Finanças”, diz o relato, que faz parte do procedimento investigatório criminal (PIC) do Ministério Público.

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    A testemunha disse também que Nino solicitava favores a Barcellos na arrecadação de IPTU. “Em um caso concreto”, segue o depoimento, “ele solicitou algo para Barcellos, que acabou não sendo atendido como deveria. Houve autuação e Nino terminou por solicitar auxílio de Ronilson na defesa do Conselho de Tributos. Ronilson lhe contou que Nino já havia pago algum valor para Barcellos, embora esse tenha negado o recebimento”, diz o relato.

    É a segunda vez que Nino é citado ao longo da investigação. A primeira foi em 31 de outubro, no depoimento da servidora Paula Sayuri Nagamati, ex-chefe de gabinete da Secretaria de Finanças. Ela já havia contado que Nino pediu ajuda a Rodrigues no conselho, que julga controvérsias tributárias. Paula disse não saber se havia sido feito algum pagamento pela defesa.

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    Nino permaneceu na prefeitura sob o comando de Haddad por indicação do PV, partido aliado do prefeito petista até a votação de reajuste do IPTU na Câmara Municipal, no fim de outubro. Na ocasião, apenas Ricardo Teixeira, que havia deixado a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente para participar da sessão, votou a favor. Outros três foram contra. Teixeira voltou a ser titular da secretaria.

    Ninho – A testemunha, que seria amiga de Ronilson Rodrigues, disse ao MPE que frequentava o “ninho da corrupção” – nome dado pelos investigadores à sala comercial do Largo da Misericórdia, no centro, utilizada pela quadrilha e de propriedade de Marco Aurélio Garcia, irmão do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia (DEM), ex-sócio de Kassab.

    A mesma testemunha afirmou que Walter Aluísio, secretário de Finanças entre 2008 e 2011, também frequentava o “ninho” da quadrilha, e que Silvio Dias pedia a Ronilson Rodrigues “que verificasse o andamento de alguns processos administrativos”.

    Outro lado – O subprefeito interino de Pinheiros da gestão Haddad negou a denúncia feita em depoimento ao Ministério Público. Ele disse que mantinha apenas “relação institucional” com Ronilson Bezerra Rodrigues e Eduardo Horle Barcellos. “Absolutamente. Nunca pedi nenhum favor ao Conselho Municipal de Tributos. Isso não existe”, disse Antonino Grasso, o Nino, que faz parte do grupo político do PV encabeçado pelo deputado federal José Luiz França Penna, presidente nacional do partido.

    O verde admitiu, porém, que sabia da existência de uma investigação sobre auditores da secretaria de Finanças. “Era público e notório na prefeitura que existia uma investigação”, afirmou Nino. “Eu não tenho nada com isso.”

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    (Com Estadão Conteúdo)

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