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Delegado e pastor evangélico ligado a Bolsonaro quer presidir a Câmara

João Campos, do PRB, partido controlado pela Universal, tira espaço de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que busca a reeleição; presidente eleito promete neutralidade

Por Da Redação 22 nov 2018, 19h20

O deputado federal João Campos (PRB-GO) anunciou que será candidato à presidência da Câmara na próxima legislatura, com aval de seu partido, um dos que formaram o bloco que ficou conhecido como Centrão.

A candidatura dele enfraquece o arco de alianças do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deseja disputar o cargo de novo. Integrante da bancada evangélica, Campos tem a simpatia do presidente eleito Jair Bolsonaro.

O parlamentar citou que pretende trabalhar aliado ao presidente eleito na nota em que se apresentou como candidato oficial do PRB – o partido é comandado por bispos da Igreja Universal do Reino de Deus, que se mobilizou para a apoiar a eleição de Bolsonaro, inclusive com o engajamento de seu principal líder, Edir Macedo.

Campos é pastor de outra igreja evangélica, a Assembleia de Deus Vila Nova – também é advogado e atuou como delegado da Polícia Civil de Goiás até se tonar deputado federal, cargo que ocupa desde 2002 – até 2016, foi filiado ao PSDB.  O líder do PRB, deputado federal Celso Russomanno (SP), foi sondado para compor a equipe de governo – pode assumir um ministério -, e declinou do desejo de disputar a presidência da Câmara, abrindo caminho para a candidatura de Campos.

A aliados de Maia e outros deputados que desejam disputar a eleição interna da Câmara, o futuro governo tem dito que optará pela neutralidade e que não vai interferir no Legislativo, não sendo hostil a nenhum candidato. “Ele (Bolsonaro) disse que está traçando para o PSL não ter candidato e que não tem resistência ao nome de ninguém”, disse o deputado Fabio Ramalho (MDB-MG), vice-presidente da Câmara e pré-candidato avulso, depois de se reunir na quarta-feira, 21, com Bolsonaro.

‘Cura gay’

A atuação de Campos na Câmara tem sido marcada pela ideologia conservadora em questões de moral e costumes. Em 2011, por exemplo, apresentou um projeto de decreto legislativo que retirava a restrição a psicólogos para promover debates e tratamentos relacionados à homossexualidade. A proposta criou polêmica porque foi considerada uma espécie de aval à “cura gay” – no fim, acabou arquivada.

Ele também propôs que entidades religiosas pudessem apresentar ações diretas de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal, o que também foi alvo de críticas porque a iniciativa vai contra a ideia de estado laico.

(Com Estadão Conteúdo)

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