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CPI da Petrobras marca depoimento de ex-diretor para terça-feira

Paulo Roberto Costa deve falar sobre a compra da refinaria Abreu e Lima. Ex-diretor, tratado como "homem-bomba", prestará depoimento a uma plateia esvaziada

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 jun 2014, 14h24

Considerado um dos pivôs do esquema de lavagem de 10 bilhões de reais investigado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa deve prestar depoimento à CPI no próximo dia 10. A data foi anunciada nesta terça-feira durante reunião que ouviu um diretor e um ex-gerente-executivo da estatal. Composta apenas por senadores da base – e, portanto, controlada pelo governo -, a CPI deve atuar para abafar qualquer nova denúncia em torno da Petrobras. Nos bastidores do Congresso, Costa é tratado como “homem-bomba” pela sua estreita relação com diversos políticos e partidos. O ex-diretor foi preso pela Polícia Federal, e libertado no dia 19 de maio por determinação do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Costa afirmou que a Petrobras fez “conta de padeiro” para aprovar a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que começou com um custo de 2,5 bilhões de dólares (5,6 bilhões de reais). A obra deverá sair por 18,5 bilhões de dólares (41,5 bilhões de reais). O ex-diretor, porém, sinalizou que não está disposto a incendiar o assunto. Costa deverá defender que não houve superfaturamento, mas sim um erro da companhia ao divulgar um valor sem antes ter elaborado um projeto.

“É provável que ele vá negar o teor das denúncias que vêm sendo divulgadas”, afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). Além de prestar depoimento apenas a parlamentares aliados ao Palácio do Planalto, o ex-diretor comparecerá ao Congresso Nacional faltando apenas dois dias para o início da Copa do Mundo, quando a Casa certamente já estará esvaziada.

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O ex-diretor da Petrobras também deve ser convocado para prestar depoimento da CPI mista que investiga a estatal, da qual participam senadores e deputados da base e da oposição. No plano de trabalho da CPI mista apresentado na segunda-feira, o relator Marco Maia (PT-RS), defendeu que Costa seja um dos primeiros a serem ouvidos pelo colegiado. Preso em março, o ex-diretor está em liberdade desde o dia 20 de maio após decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Denúncia – A Justiça Federal do Paraná aceitou denúncia contra Costa e outras nove pessoas pelo crime de lavagem de dinheiro e indícios de um amplo esquema de desvio de recursos envolvendo a Refinaria Abreu e Lima, entre os anos de 2009 a 2014. Além disso, a Polícia Federal investiga uma série de negócios de Costa em parceria com o doleiro Alberto Youssef, apontado como mentor do esquema criminoso.

Segundo a PF, Costa utilizava políticos e prestadores de serviços da Petrobras em um consórcio criminoso montado para fraudar contratos na estatal, ampliar sua fortuna e financiar políticos e partidos. Costa se aproveitava do cargo, que incluía entre as responsabilidades aprovar projetos técnicos para construção de refinarias e fiscalizar sua execução, para conduzir o esquema de desvio de recursos.

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