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Centrão faz cobrança e ameaça liberar nova denúncia contra Temer

Líder do PP na Câmara, o deputado Arthur Lira (AL) disse que uma nova acusação será 'mortal' diante da desorganização da base aliada ao presidente

Por Da Redação
Atualizado em 11 ago 2017, 16h38 - Publicado em 11 ago 2017, 12h12
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  • Presidente Michel Temer comparece à cerimônia em São Paulo
    O presidente Michel Temer (PMDB) tem sofrido cobranças dos deputados que enterraram a denúncia por corrupção passiva no plenário da Câmara (Leonardo Benassatto/Reuters)

    Um dia após usar a votação da reforma da Previdência e da agenda econômica do governo na Câmara como forma de pressão, partidos do Centrão ameaçaram não barrar uma eventual segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB). O grupo quer que o governo redistribua os cargos na administração federal que estão nas mãos dos chamados “infiéis” para os deputados que ajudaram a barrar a acusação por corrupção passiva contra o peemedebista na Câmara, na semana passada.

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    As exonerações têm seguido ritmo lento. As principais reclamações são com relação aos indicados por deputados do PSDB, que controla quatro ministério no governo. Foram 21 votos de tucanos favoráveis à admissibilidade da denúncia – outros 22 defenderam o arquivamento.

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    Para lideranças do PP e PSD, os dois maiores partidos do Centrão, será muito difícil segurar as bancadas caso, no atual cenário de desorganização da base, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decida apresentar uma segunda denúncia contra Temer, desta vez por organização criminosa e obstrução à Justiça. O mandato do PGR termina no dia 17 de setembro e, nos bastidores, procuradores e parlamentares dão como certo que, antes de sair, ele formulará uma nova acusação com base na delação de executivos da JBS.

    “Pode ser mortal. Se chegar [uma segunda denúncia] num cenário desses, é o fim da linha para o presidente”, disse o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL). Para o deputado, o governo não pode continuar dando as mesmas regalias a deputados fiéis e infiéis. “O governo não se comunica, não se articula, não conversa, não prestigia. Não dá para estar na mesma base quem vota contra e quem vota a favor, com as mesmas regalias, sejam ela grandes ou pequenas.”

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    O líder do PSD na Câmara, Marcos Montes (MG), avalia que outra denúncia pode ser “perigosa” para Temer. “Votamos pela permanência dele para não ter uma turbulência política que contaminasse a retomada do desenvolvimento econômico. Agora, ele tem que dar um freio de arrumação. Se não der, essa desorganização política volta e o mercado vai embora. Não adianta ele ficar e continuar com a desordem política.”

    Para Montes, cabe ao governo evitar o “tumulto” político. “É isso que precisa ficar claro. É cargo que faz ter essa calmaria política? Se for, resolva o problema dos cargos. Se forem as emendas impositivas, resolva as emendas impositivas.”

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    Previdência

    Na quinta, líderes do Centrão avisaram a Temer que não pretendem votar a reforma da Previdência no plenário da Câmara até governo reorganizar a base aliada. Nos cálculos dos representantes de Temer no Congresso, atualmente, a reforma teria, no máximo, 280 votos, bem abaixo dos 308 necessários.

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    Nos bastidores, integrantes do grupo se dizem dispostos a paralisar ou até derrotar toda a agenda econômica que tramita no Congresso. O primeiro alvo seria a medida provisória que cria o Refis, programa de parcelamento de dívidas de contribuintes com o Fisco com o qual o governo espera fechar as contas públicas deste ano.

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    A estratégia será ignorar a negociação que o governo vem tentando fazer e trabalhar para aprovar o texto do relator, deputado Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG), considerado mais benéfico para as empresas. Ele modificou a versão enviada pelo governo ao Congresso e, com isso, a previsão de arrecadação com o programa caiu de 13 bilhões de reais para 420 milhões de reais.

    (Com Estadão Conteúdo)

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