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Alexandre de Moraes é favorável a prisões após 2ª instância

Voto dele mostra que, caso Gilmar Mendes e Rosa Weber realmente mudem de opinião, execução de pena após 2º grau seria mantida no STF em eventual reanálise

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 fev 2018, 17h46 - Publicado em 6 fev 2018, 17h23
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  • O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou-se nesta terça-feira favoravelmente à prisão de réus condenados em segunda instância para início do cumprimento de pena. Moraes tornou público seu entendimento em um julgamento na Primeira Turma do STF que analisou a execução da pena do deputado federal João Rodrigues (PSD-SC), condenado em 2009 pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de segunda instância, a cinco anos e três meses de prisão por fraude em licitação quando era prefeito da cidade de Pinhalzinho (SC).

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    Além de Moraes, votaram pela prisão de Rodrigues os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, que já haviam se posicionado favoravelmente às prisões após segunda instância em outubro de 2016, quando o plenário do STF, por 6 votos a 5, passou a reconhecer a possibilidade.

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    A indicação do voto de Alexandre de Moraes é importante porque, naquela ocasião, ele ainda não era ministro do Supremo. Teori Zavascki, a quem ele substituiu no início de 2017, havia votado a favor das prisões após segunda instância.

    Os ministros Marco Aurélio Mello e Rosa Weber, ambos contrários à execução de pena após o segundo grau em 2016, foram os votos contrários à detenção de João Rodrigues. Rosa, no entanto, não analisou o mérito do recurso de Rodrigues, ou seja, não se manifestou sobre a execução da pena dele e se ateve a questões técnicas. Assim, uma possível mudança no entendimento dela em relação às prisões, que vem sendo aventada, ainda pode ocorrer.

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    Já o ministro Gilmar Mendes, que não participou do julgamento de hoje por pertencer à Segunda Turma, indica com mais clareza que, de fato, mudará de opinião sobre as prisões após segunda instância. No primeiro julgamento, Gilmar votou a favor da possibilidade de execução de pena após o segundo grau.

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    Considerando o entendimento de Alexandre de Moraes e as possíveis alterações nos votos de Rosa Weber e Gilmar Mendes, uma eventual reanálise da questão pelo plenário do STF seria mantida, também por 6 votos a 5.

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    Seriam favoráveis Moraes e Rosa, além de Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Votariam por rever a decisão do Supremo Gilmar, Marco Aurélio Mello, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. Caso Rosa Weber mantenha a posição manifestada em 2016, o possível julgamento terminaria com 6 votos a 5 para proibir a execução de penas após condenações em segunda instância.

    Fator Lula

    Duas ações relatadas por Marco Aurélio que questionam o atual entendimento do STF sobre o tema estão prontas para ir a julgamento no plenário do Supremo. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, no entanto, já demonstrou que não pretende levar o tema a nova análise pelos ministros. Marco Aurélio Mello também afirmou que não pressionará Cármen a pautar o projeto no plenário.

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    A reanálise das prisões em segunda instância voltou a ser debatida no fim de janeiro, após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo TRF4 a doze anos e um mês de prisão em um processo da Operação Lava Jato.

    Os desembargadores João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus, membros da 8ª Turma do tribunal sediado em Porto Alegre, determinaram que Lula deve ser preso após o julgamento de seus recursos ao TRF4. Como a defesa do ex-presidente só pode apelar ao tribunal com embargos de declaração, que costumam ser julgados em até um mês, a prisão de Lula passou a ser vista até mesmo entre os defensores dele como uma possibilidade “iminente”.

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    Por isso, os advogados do petista entraram com habeas corpus preventivos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no STF contra a prisão dele. Os dois pedidos estão sob análise dos relatores da Lava Jato no STJ e no Supremo, ministros Félix Fischer e Edson Fachin, respectivamente.

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