Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Pezão anuncia medidas para reforçar programa das UPPs

Governo vai implantar delegacia ao Complexo da Maré, ocupada pelo Exército

Por Da Redação
30 abr 2014, 20h45

Com a maior crise já enfrentada pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) desde a criação do projeto, em dezembro de 2008, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), está adotando uma série de medidas emergenciais para fortalecer a principal vitrine da atual administração na área de segurança para sua candidatura à reeleição. Nesta terça-feira, ele anunciou a implantação de uma delegacia da Polícia Civil no Complexo da Maré (Zona Norte). A região está ocupada há quase um mês por militares do Exército e da Marinha, para futura instalação de UPPs.

Levantamento feito pela reportagem revela que, desde fevereiro, houve pelo menos 20 ataques de traficantes em áreas pacificadas, com quatro PMs mortos e seis baleados. O recrudescimento da violência nestes locais começou em meados do ano passado, mas foi a partir do último mês que surgiram protestos de moradores exigindo “o fim das UPPs”. Especialistas em segurança avaliam que as autoridades estão perdendo a “guerra da comunicação” na defesa do projeto. Principalmente por causa de episódios como as mortes do pedreiro Amarildo de Souza (na Rocinha) e do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG (no Pavão-Pavãozinho).

Leia também:

Leia também: Dois dias após ataques, Alemão ainda não retomou rotina

“Não se faz segurança pública sem a presença das polícias Militar e Civil. É uma utopia achar que a gente vence essa guerra sem fortalecer o policiamento. Hoje, nós temos a presença da polícia e vamos agir fortemente com todas nossas forças policiais dentro dessas comunidades pacificadas”, disse, num vídeo publicado no Facebook. A delegacia da Maré será a terceira em grandes favelas pacificadas. Outras duas foram inauguradas no fim do ano passado na Rocinha (Zona Sul) e no Complexo do Alemão (Zona Norte). A ideia é reforçar a presença do Estado e facilitar a investigação de crimes nestes locais.

Continua após a publicidade

Em setembro do ano passado, o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, prometeu que o Complexo de Manguinhos (Zona Norte) também ganhará uma delegacia própria, mas ainda não há data estipulada. Também será criada uma ouvidoria exclusiva para receber denúncias sobre a atuação de PMs em comunidades pacificadas. Haverá um número de telefone, um site e uma unidade móvel, que ficará cada semana em uma favela pacificada. Segundo o governador, até agosto serão formados 2.400 novos policiais militares. Atualmente o efetivo da corporação é de 47.000 agentes, sendo que 9.500 atuam nas 38 UPPs já em funcionamento.

Leia também:

Bandidos do Rio agora atacam unidades de saúde – e usam a população

Na coluna de Felipe Moura Brasil: Ruim com UPP, pior sem UPP

Continua após a publicidade

Bandidos matam policial de UPP e comemoram no Facebook

Traficantes – O governo também pretende continuar enviando chefes do tráfico para penitenciárias federais de segurança máxima fora do Estado, sobretudo aqueles ligados ao Comando Vermelho, facção acusada de comandar a recente onda de ataques a UPPs. Dentro dessa política, a Justiça do Rio autorizou a transferência do traficante Bruno Eduardo Procópio da Silva, o Piná, para um presídio federal. Também serão solicitadas as transferências de Eduardo Fernandes de Oliveira, o 2D, e de Ramires Roberto da Silva. Os três são acusados de comandar ou participar de atos violentos e morte de policiais, como a soldado Alda Rafael Castilho, assassinada em fevereiro.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.