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Juiz alerta sobre risco de fuga dos acusados na Lava-Jato

Sérgio Moro, juiz federal de Curitiba, aponta que doleiros possuem dinheiro no exterior e podem escapar. Há acusações sobre tráfico internacional de drogas

Por Da Redação
20 Maio 2014, 09h28

O juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba, enviou ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, em que informa sobre o risco de fuga do doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava-Jato. O documento foi encaminhado nesta segunda-feira. O juiz alerta que há indícios de que Youssef e a doleira Nelma Kodama, também capturada na operação, “mantêm contas no exterior com valores milionários, facilitando eventual fuga ao exterior e com a possibilidade de manterem posse de eventual produto do crime”.

Zavascki mandou soltar todos os investigados presos pela Lava-Jato, acolhendo reclamação da defesa do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa. O ministro determinou que todos os outros processos da Lava-Jato sejam enviados ao STF.

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O juiz assinala ainda que outros processos da Lava-Jato não têm o ex-diretor da Petrobras como denunciado. São investigações sobre tráfico de 698 quilos de cocaína e lavagem de dinheiro. Ele cita René Luiz Pereira, acusado de ser mandante de remessa de 55 quilos da droga apreendidos em Valência, na Espanha. “Há indícios de que (René) compõe grupo organizado transnacional com diversas conexões no exterior e dedicado profissionalmente ao tráfico de drogas”, alerta o juiz.

O magistrado destaca ainda que nesta ação penal são acusados Sleiman Nassim El Kobrossy, Maria de Fátima Stocker, Carlos Habib Chater, André Catão de Miranda e Alberto Youssef. “Um deles, Sleiman, que não foi preso preventivamente, já está foragido. Outro está preso na Espanha. Assim, muito respeitosamente, indago a Vossa Excelência o alcance da decisão referida, se este feito de tráfico de drogas e lavagem também deve ser remetido ao Supremo e se devem ser colocados soltos os acusados neste feito, entre eles René Luiz Pereira, preso por risco à ordem pública pelos indícios de envolvimento em organização criminosa responsável por tráfico de cerca de 750 quilos de cocaína.”

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O juiz observa que, entre as ações originadas na Lava-Jato, encontram-se três “que têm por objeto crimes financeiros e de lavagem de dinheiro envolvendo três grupos distintos dirigidos por supostos doleiros, Carlos Chater, Nelma Kodama e Youssef”. O juiz consulta o ministro se estas três ações penais devem ser remetidas ao STF e se devem ser colocados soltos os doleiros acusados de comandar o esquema de tráfico internacional. O juiz destaca que Nelma foi presa em flagrante nas vésperas da Lava-Jato, em tentativa de fuga do país quando portava, no aeroporto de Guarulhos, 200.000 euros escondidos na calcinha.

Moro já trabalhou no STF. Até pouco tempo atrás, atuava como juiz auxiliar no gabinete da ministra Rosa Weber. Atuou, por exemplo, durante o julgamento do mensalão.

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(Com Estadão Conteúdo)

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