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Corpo de Bombeiros avalia expulsão de mais três militares

Outros 13 militares já tiveram a exoneração anunciada, incluindo o cabo Benevenuto Daciolo. Para entidade, movimento assumiu viés político-partidário

Por Rafael Lemos
13 mar 2012, 13h47

O comandante do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio (CBMERJ), coronel Sérgio Simões, afirmou que mais três bombeiros ainda podem ser expulsos da corporação por envolvimento no movimento grevista de fevereiro. Um sargento está sendo submetido ao Conselho de Disciplina, enquanto um capitão e um major serão julgados pelo Conselho de Justificação. A punição máxima é a exoneração.

Ontem, a corporação anunciou a expulsão de 13 militares, incluindo o cabo Benevenuto Daciolo, considerado um dos líderes da invasão do Quartel General em 2011. A exoneração deve ser concretizada no prazo de 30 dias, mas os acusado ainda têm cinco dias para recorrer da decisão. De acordo com nota publicada no Boletim Interno do CBMERJ, eles foram considerados “culpados por articulação em manifestações de caráter político-partidário, nas quais incitaram ostensivamente a tropa à prática de ilícitos de natureza disciplinar e penal militar, além da adoção de conduta incompatível com a missão de Bombeiro-militar”.

Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, o coronel Sérgio Simões deixou claro que o fator determinante para a condenação desses militares foi a participação deles como incitadores do movimento de paralisação, aprovado em assembleia na Praça da Cinelândia, no dia 9 de fevereiro. Essa atuação está fartamente documentada, segundo Simões, através de fotos e vídeos.

“Eles estão sendo excluídos por terem ferido a honra da corporação, com um conjunto de ações que tinha como objetivo promover a paralisação do serviço do Corpo de Bombeiros”, afirmou o comandante. “Esse é um momento difícil, que não faz parte da história dessa corporação. Não temos o hábito de excluir quadros. O que houve é que se perdeu a noção das coisas, chegando ao absurdo de propor a paralisação dos novssos serviços. Eu diria que é um momento de reflexão, tanto para os que estão nessa situação como os que continuam na corporação”.

Simões também justificou a decisão dizendo que o movimento ganhou contornos político-partidários. “No meio do caminho, o movimento ganhou novas cores, assumindo tendências políticas relacionadas com as eleições desse ano”, avalia o coronel. “Deixou de ser uma reivindicação salarial para tratar exclusivamente de política. Então, é difundido o slogan fora Cabral e fora Eduardo Paes. E chega a ser verbalizado que a proposta de um piso salarial de 2.000 reais, mesmo que fosse atendida com 4.000 reais, não seria mais considerada”, argumenta.

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Na opinião do comandante do Corpo de Bombeiros, o governo do estado vem atendendo satisfatoriamente às reivindicações salariais da categoria. Segundo ele, o reajuste de 12% previsto até o fim de 2012 já foi antecipado, com a última parcela no contra-cheque de março. Para o ano que vem, já está anunciado um reajuste de aproximadamente 25% em fevereiro, e um reajuste de 100% acima da inflação para o ano de 2014.

“O governo vem atendendo às solicitações. É um programa de recomposição salarial que faz todo o sentido”, afirma Simões.

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