Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Turquia começa reconstrução para 1,5 milhão de desabrigados por terremoto

Mais de 160 mil edifícios, que ao todo continham 520 mil apartamentos, desabaram ou foram severamente danificados nos tremores do dia 6 de fevereiro

Por Da Redação
Atualizado em 24 fev 2023, 19h44 - Publicado em 24 fev 2023, 19h44

Após os terremotos devastadores deste mês, o governo da Turquia afirmou nesta sexta-feira, 24, que já começou a trabalhar para reconstruir as casas e prédios destruídos pela tragédia, que deixou 1,5 milhão de desabrigados, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas. O anúncio foi feito quando o número de mortos combinados no país e na Síria ultrapassou 50 mil pessoas.

Mais de 160 mil edifícios, que ao todo continham 520 mil apartamentos, desabaram ou foram severamente danificados nos tremores do dia 6 de fevereiro. A Autoridade de Gerenciamento de Emergências e Desastres (AFAD) anunciou que o número de vítimas aumentou para 44.218 nesta sexta-feira. Com o último número de mortos anunciado na Síria de 5.914, o número combinado de mortos nos dois países subiu para mais de 50 mil.

O presidente turco, Tayyip Erdogan, que vai concorrer em eleições em poucos meses, prometeu reconstruir as casas dentro de um ano, mesmo que especialistas tenham argumentado que é preciso colocar a segurança em primeiro lugar, não a velocidade. A preocupação existe principalmente porque alguns edifícios que deveriam resistir a tremores desmoronaram nos últimos terremotos.

+ Após 46 operações, missão humanitária brasileira retorna da Turquia

“Para vários projetos, licitações e contratos foram feitos. O processo está se movendo muito rápido”, afirmou um funcionário, que não quis revelar sua identidade, à agência de notícias Reuters.

Continua após a publicidade

De acordo com autoridades, tendas foram despachadas para muitos desabrigados, mas algumas pessoas relataram problemas para acessá-las.

“Tenho oito filhos. Estamos morando em uma barraca. Há água em cima [da barraca] e o chão está úmido. Estamos pedindo mais barracas e eles não nos dão”, disse um senhor de 67 anos à agência de notícias Reuters. Ele esperava em uma fila para receber ajuda do lado de fora de uma escola secundária na cidade de Hassa, usada como centro de distribuição de ajuda por voluntários.

Recentemente, o governo de Erdogan sofreu uma onda de críticas tanto pela resposta à devastação quanto pelo que muitos turcos dizem ter sido anos de não aplicação do controle de qualidade em construções civis.

+ Novo tremor atinge fronteira da Turquia e Síria duas semanas após desastre

Agora, o plano inicial do governo turco é construir 200 mil apartamentos e 70 mil casas de vila a um custo de pelo menos 15 bilhões de dólares. No entanto, o banco americano JPMorgan estimou que a reconstrução da infraestrutura vai custar cerca de 25 bilhões de dólares.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a estimativa é que cerca de 1,5 milhão de pessoas estão desabrigadas, o que equivale a construção de 500 mil casas. A agência também estimou que o desastre produziu entre 116 milhões a 210 milhões de toneladas de entulho, um número extremamente alto quando comparado ao último grande terremoto da Turquia, em 1999, que produziu 13 milhões de toneladas de entulho.

+ Vídeo: O extenso abismo gerado pelo terremoto na Turquia

A Turquia anunciou que solicitou 1 bilhão de dólares em fundos da ONU para concentrar parte desse dinheiro na remoção de montanhas de escombros. O país também emitiu novos regulamentos em que empresas e instituições de caridade vão poder construir casas e locais de trabalho para doar para pessoas necessitadas, via Ministério do Desenvolvimento.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.