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Trump inflou patrimônio em US$ 2,2 bilhões, diz procuradoria de NY

Segundo acusação feita em Nova York, ex-presidente mentiu sobre o valor em 2014 e usou soma exagerada para se beneficiar nos negócios

Por Da Redação
Atualizado em 31 ago 2023, 09h38 - Publicado em 31 ago 2023, 09h02

A procuradoria-geral do estado de Nova York disse nesta quinta-feira, 31, que o ex-presidente americano, Donald Trump, dois anos antes de ser eleito, inflou seu património líquido em até US$ 2,2 bilhões. Segundo a acusação, o objetivo era se beneficiar com os negócios de sua empresa Trump Organization.

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, uma democrata, abriu no ano passado um processo civil multimilionário contra a Trump Organization devido às suas finanças.

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“O patrimônio líquido de Trump em qualquer ano entre 2011 e 2021 não seria superior a US$ 2,6 bilhões, em vez do patrimônio líquido declarado de até US$ 6,1 bilhões, e provavelmente seria consideravelmente menor se suas propriedades fossem realmente avaliadas em avaliações profissionais completas”, disse o escritório de James.

De acordo com o documento estatal, as correções aos registros financeiros para o período de 10 anos em questão reduziriam o patrimônio líquido declarado de Trump de “17% [a] 39% em cada ano, ou entre US$ 812 milhões e US$ 2,2 bilhões, dependendo do ano”.

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O julgamento está marcado para outubro. Os advogados de James argumentam que não era necessário qualquer julgamento “para determinar que os réus apresentavam valores de ativos grosseiramente inflacionados, e depois os utilizavam, repetidamente, em transações comerciais para fraudar bancos e seguradoras”.

James pediu uma indenização de US$ 250 milhões pela empresa, e quer que Trump e seus filhos sejam impedidos de administrar negócios em Nova York. Os advogados do réu devem apresentar uma resposta nos próximos dias.

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O antigo presidente nega qualquer irregularidade, alegando, como é de praxe, que sofre de perseguição política.

As finanças do ex-presidente dos Estados Unidos – os seus impostos e declarações sobre a sua riqueza pessoal – tornaram-se uma obsessão nacional em 2016, quando derrotou a democrata Hillary Clinton na corrida à Casa Branca. Ele não chegou a divulgar essas informações durante a campanha, como é de costume, embora não seja obrigatório.

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No entanto, reportagens da mídia americana revelaram provas abundantes de práticas duvidosas. No final do ano passado, os membros democratas do Congresso divulgaram seis anos de declarações fiscais de Trump. Cobrindo o período de 2015 a 2020, forneceram muitas informações embaraçosas.

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Trump e sua esposa, Melania, pagaram US$ 641.931 em impostos federais sobre o rendimento dos lucros em 2015. Nos dois anos seguintes, foram US$ 750. Depois, quase US$ 1 milhão em 2018, US$ 133.445 em 2019 e zero dólares em 2020. Os dados refletem perdas nos negócios e contestam a narrativa do ex-presidente sobre seu alardeado sucesso comercial.

Com os novos dados divulgados nesta quarta-feira, a procuradoria-geral de Nova York parece confiante de que pode ganhar o caso.

“Os documentos não deixam qualquer dúvida de que as [declarações de situação financeira] de Trump não refletem remotamente o ‘valor atual estimado’ de seus ativos”, disse o escritório da procuradora.

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