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Senado dá aval, e Itália forma oficialmente novo governo

Aprovação dos senadores põe fim à crise política gerada por Matteo Salvini, líder do partido de extrema-direita Liga

Por Da Redação
Atualizado em 10 set 2019, 16h52 - Publicado em 10 set 2019, 16h37

Após um mês de crise política e sob o temor de novas eleições, o novo governo italiano, formado pelo antissistema Movimento 5 Estrelas (M5E) e pelo Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, recebeu nesta terça-feira, 10, o voto de confiança no Senado. Com isso, poderá iniciar de fato as funções como Executivo da Itália.

Votaram a favor 169 senadores distribuídos entre o M5E, o PD e o partido de esquerda Livres e Iguais, que também faz parte da coalizão e estará à frente do Ministério da Saúde. Os 133 votos contrários vieram do partido conservador Força Itália, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, do Irmãos da Itália e da sigla de extrema-direita Liga, cujo líder é Matteo Salvini, ex-ministro do Interior e ex-vice-primeiro-ministro. Houve cinco abstenções.

A aprovação pelo Senado foi o último passo para a oficialização do novo governo. Caso a casa rejeitasse, novas eleições poderiam ser convocadas. Tido como favorito, Salvini teria chances de expandir o número de assentos de seu partido e se tornar primeiro-ministro.

O estopim da crise política italiana, que pôs fim ao 66º governo em 70 anos, ocorreu quando os então aliados M5E e Liga discordaram sobre o financiamento da construção de uma ponte. Salvini, à época ministro da Interior e vice do primeiro-ministro, Giuseppe Conte, rompeu com o aliado e pediu por novas eleições.

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Conte anunciou a renúncia perante o Senado culpando Salvini pela crise política. Chamou-se de “egoísta”, que só pensa em si e não no bem do país. Entretanto, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, deu a Conte uma chance de formar um novo governo.

Após as negociações com o PD e o aval dos filiados do M5E (a aprovação depende da consulta dos filiados ao partido por meio da plataforma online Rousseau), um novo corpo de ministros foi anunciado. Luciana Lamorgese, de 66 anos, substituirá Salvini no Ministério do Interior: .

Lamorgese, que não possuí filiação partidária, é vista como uma figura neutra e técnica para o cargo devido a sua carreira no Ministério Público em Milão. A nova ministra se distancia do populismo de Salvini que, enquanto ministro, publicou decretos e conseguiu aprovar leis anti-imigratórias e proibiu a entrada nos portos do país de navios humanitários que resgatam refugiados em alto mar. Agora, o líder da Liga está na oposição.

Com seu novo gabinete, Conte se aproxima mais de Bruxelas enquanto se distância do populismo e do euroceticismo de Salvini, que vê a União Europeia como uma instituição que fere a soberania italiana e impede o país de adotar uma política fiscal mais flexível.

 

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