Segunda adolescente brasileira detida nos EUA volta ao Brasil
Lilliana Matte, de 17 anos, foi barrada pela imigração americana no dia 22 de agosto e enviada ao abrigo para menores imigrantes em Chicago
Depois de passar 15 dias detida em um abrigo para menores imigrantes em Chicago, a brasileira Lilliana Matte, de 17 anos, foi liberada e deve chegar ao país na madrugada de sábado, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A jovem foi barrada pela imigração americana ao desembarcar no aeroporto Opa Locka Executive, em Miami, no dia 22 de agosto. Segundo sua mãe, Anaide Matte, oficiais informaram à menina que ela não poderia viajar desacompanhada dos pais, apesar de ter autorização em seu passaporte.
Segundo informações da Agência Brasil, as autoridades de imigração permitiram que a adolescente deixasse o abrigo na última quinta-feira, sem dar motivos para a detenção. Lilliana foi entregue aos cuidados da mãe, que estava em Chicago desde o dia 30 de agosto para tentar agilizar a saída da filha. Em uma postagem em seu perfil do Instagram, a menina, que foi eleita Miss Brazil Model em 2015, reclamou das semanas de “agonia, desespero, submissão” e pediu explicações por ter sido barrada.
Antes de ser detida, Lilliana havia passado um mês nos Estados Unidos com a mãe. A dupla se separou quando a menina foi para as Bahamas com amigos e Anaide foi à Venezuela fazer uma cirurgia. Segundo sua mãe, no retorno do final de semana na ilha, Lilliana tirou uma selfie em uma área restrita do aeroporto, o que chamou a atenção dos policiais, que a interrogaram. “Como ela é menor de idade, a imigração disse que ela não podia estar sem os pais”, contou Anaide.
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Outro caso
A adolescente Anna Stéfane Radeck, de 17 anos, passou por situação semelhante também no mês de agosto. A menina ficou 20 dias detida no mesmo abrigo em Chicago, após ser barrada em uma conexão no aeroporto de Detroit, Michigan. Sozinha e também com as autorizações necessárias, Stéfane estava a caminho de Orlando, onde passaria cerca de 15 dias visitando uma tia que mora na cidade há 2 anos.
A família de Stéfane chegou a contratar uma advogada nos Estados Unidos e a menina precisou passar por uma audiência com a Justiça de imigração para ser liberada. Segundo Raquel Gross, advogada do caso, a adolescente levantou suspeitas de que queria permanecer além do tempo permitido no país e, por ser menor de idade, não pôde ser mandada de volta ao Brasil.