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Relatório aponta corrupção envolvendo presidente da África do Sul

Evidências mostram que Jacob Zuma favoreceu a família de empresários Gupta, seus amigos pessoais, em concessões públicas

Por Da redação
2 nov 2016, 16h38
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  • Um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo órgão de Proteção Pública da África do Sul acusa o presidente do país, Jacob Zuma, de se envolver atividades ilegais para a concessão de contratos públicos. O documento ordena a abertura de uma investigação no prazo de 30 dias e aponta evidências de que Zuma favoreceu uma família de empresários com a qual mantém amizade.

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    Coordenado pela ex-protetora pública do país, Thuli Madonsela, o relatório foi liberado após protestos que levaram Zuma a retirar um recurso na Justiça que evitava sua divulgação. Com 355 páginas, o documento compila denúncias de manobras do presidente, ministros e outros ocupante de cargos públicos para garantir à família de empresários, os Gupta, acesso a contratos lucrativos em mineração, armamento e outros setores.

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    A companhia elétrica nacional Eskom, a armamentista Denel e a de transportes Transnet são algumas das empresas públicas envolvidas no que veio a ser chamado na África do Sul como “captura do Estado” por parte dos Gupta. O relatório conta com o testemunho do vice-ministro de Finanças, Mcebisi Jonas, que revela detalhes de como um membro da família lhe ofereceu dinheiro, na presença de Zuma, para que fosse titular de Finanças no país e favorecesse os Gupta.

    Outro testemunho-chave é o da ex-parlamentar africana Vytjie Mentor, que denuncia que os Gupta a ofereceram ser ministra de Administrações Públicas, com a condição de que cancelasse a rota da companhia aérea South African Airways (SAA) à Índia. Originais do país asiático, de onde foram para a África do Sul em 1993, os Gupta têm uma companhia de aviação que teria retomado a rota abandonada pela SAA.  A família também mantém negócios com um dos filhos do presidente, Duduzane Zuma, cuja empresa pode ter sido favorecida na compra de uma mina.

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    Madonsela encerrou no mês passado seu mandato de sete anos como protetora pública, cargo apontado pelo presidente e responsável por manter a transparência do governo. Ela já havia encurralado Zuma ao denunciar despesas indevidas na reforma de sua residência privada, o que o obrigou a devolver meio milhão de euros ao Estado. Seu relatório sobre a “captura do Estado” por parte dos Gupta é o último trabalho no posto.

    (Com EFE)

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