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Putin diz que mobilização militar será concluída em duas semanas

Cerca de 222.000 russos, da meta anunciada de 300.000, já foram convocados para o exército até agora, acrescentou Putin

Por Da Redação
14 out 2022, 11h03

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira, 14, que o Kremlin não tem planos para expandir a mobilização militar, e que a campanha de convocação de reservistas terminará em duas semanas.

“A mobilização está terminando. Presumo que em duas semanas todas as medidas de mobilização terminarão”, disse.

Cerca de 222.000 russos, da meta anunciada de 300.000, já foram convocados para o exército até agora, acrescentou Putin.

No mês passado, o líder do Kremlin pediu uma “mobilização parcial” da população da Rússia para apoiar a guerra na Ucrânia. A medida foi evitada por muito tempo, para prevenir um aumento da insatisfação da população contra o conflito. No entanto, uma contra-ofensiva repentina de Kiev reconquistou mais de 5 mil quilômetros quadrados de território e colocou Moscou em desvantagem.

Think tanks e analistas da guerra disseram que as forças da Rússia foram significativamente esgotadas e Putin, sob pressão das elites nacionalistas pró-guerra no país, decidiu convocar reservistas.

+ Veja para onde vão os russos que fogem da convocação de Putin

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Rússia ganha terreno em Donetsk

Hoje, mesmo perdendo terreno nas regiões de Kherson e Luhansk, as forças russas têm feito progressos lentos, mas constantes, em seu ataque à cidade de Bakhmut. Os avanços são auxiliados, em grande parte, por mercenários da empresa Wagner.

Bakhmut, localizado na região de Donetsk, é controlada pela Ucrânia, mas vem sendo bombardeada pela Rússia há meses. Se conseguir conquistar a cidade, Moscou poderá atingir os centros populacionais de Kramatorsk e Sloviansk, intensificando a guerra na cobiçada região de Donbas.

+ Países da Otan reforçam segurança após novos ataques da Rússia

As forças russas foram afastadas dessas cidades quando a Ucrânia recapturou Lyman e grande parte da região de Kharkiv no mês passado.

“Wagner continua com seus avanços no lado leste de Bakhmut”, disse Semyon Pegov, analista pró-Rússia que posta sob o nome de WarGonzo, no Telegram na sexta-feira. “Segundo alguns relatos, as unidades das Forças Armadas da Ucrânia estão deixando a área em pequenos grupos sob a ameaça de serem cercadas. Se for realmente assim, descobriremos em breve.”

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Andrey Marochko, um funcionário da República Popular de Luhansk, apoiada pela Rússia, também repetiu essa afirmação, assim como a TASS, a agência de notícias estatal russa.

+ Quem é o ‘general do Armagedom’ que assumiu o comando do Exército russo

Pegov disse que, na semana passada, mercenários da Wagner conseguiram capturar as cidades de Zajtseve e Vesela Dolyna, a sudeste de Bakhmut. O Ministério da Defesa do Reino Unido disse nesta sexta-feira que eles também fizeram avanços nas aldeias de Opytne e Ivanhrad, ao sul de Bakhmut. Essas informações não puderam ser verificadas de forma independente, mas isso significaria que a Rússia está formando um semicírculo em torno de Bakhmut.

Autoridades ucranianas concordam que Bakhmut está em perigo. Na quarta-feira 12, Pavlo Kyrylenko, chefe da administração militar regional em Donetsk, disse que a cidade foi atingida por dois ataques aéreos. Já Serhii Hayday, chefe da região vizinha de Luhansk, disse no domingo 10 que Bakhmut está sob uma “situação intensa”, e os militares ucranianos repeliram “mais de 30 ataques” na cidade.

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