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Príncipe Andrew faz acordo extrajudicial em caso de abuso sexual

Filho da Rainha Elizabeth II foi processado no ano passado por caso que teria acontecido em 2000

Por Matheus Deccache 15 fev 2022, 15h45

O príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II, chegou a um acordo com a americana Virginia Giuffre nesta terça-feira, 15, em um caso em que ela o acusava de abusá-la sexualmente quando adolescente. O acordo, que inclui um pagamento não divulgado, foi revelado em documento do tribunal federal de Manhattan, Estados Unidos. 

Giuffre processou o duque de York em agosto do ano passado pelo abuso que teria acontecido no início dos anos 2000. Segundo a vítima, o empresário Jeffrey Epstein e a socialite Ghislaine Maxwell a coagiram a fazer sexo com o membro da Família Real quando ela tinha 17 anos.

A decisão de fechar o acordo poupa o príncipe Andrew de possíveis revelações e acusações nos meses que antecederiam o julgamento, programado para o final deste ano. 

No início do mês, o juiz responsável pelo caso negou o pedido de arquivamento feito pelo filho da monarca britânica, levando-o a responder formalmente às acusações e exigindo um julgamento por júri para confrontar publicamente sua acusadora. 

Andrew, que é o nono na linha de sucessão ao trono britânico, foi recentemente destituído de suas filiações e patrocínios militares, uma vez que o Palácio de Buckingham procurou se distanciar da batalha legal. Ele também concordou em não usar o título “Sua Alteza Real”.

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Os advogados dos envolvidos disseram que o duque de York pretende fazer uma doação substancial para a instituição de Giuffre que apoia vítimas de abusos sexuais. De acordo com o documento revelado nesta terça, ele “nunca teve a intenção de difamar o caráter da americana, e ele aceita que ela sofreu tanto como uma vítima estabelecida de abuso quanto como resultado de ataques públicos injustos”.

“O príncipe Andrew lamenta sua associação com Epstein e elogia a bravura de Giuffre e outros sobreviventes em defender a si mesmos e aos outros. Ele promete demonstrar seu arrependimento por sua associação com Epstein, apoiando a luta contra os males do tráfico sexual e apoiando suas vítimas”, conclui o registro.

A declaração é um afastamento de uma entrevista que o membro da Família Real deu à BBC em 2019, na qual não demonstrou ter empatia pelas vítimas e disse que não se desculparia pela amizade com o financista.

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No final de 2021, Ghislaine Maxwell foi condenada por acusações de tráfico sexual por recrutar e aliciar adolescentes menores de idade para realizar atos sexuais com o financista Jeffrey Epstein.  O príncipe Andrew foi uma das várias figuras famosas que foram mencionadas ao longo de três semanas de julgamento. 

A defesa de Maxwell disse que planeja apelar do veredicto e chamaram a socialite de bode expiatório, uma vez que ela foi acusada quase um ano depois da morte de Epstein.

O príncipe, por sua vez, negou a maioria das alegações ou disse que não tinha informações suficientes para responder. Ele admitiu que conheceu o bilionário em 1999 e que voou no jato do financista. 

Além disso, Epstein e Maxwell participaram da festa de Andrew em 2000, de acordo com o documento. No entanto, ele disse nunca ter se envolvido em atos sexuais com Giuffre.

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