A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que enviará uma equipe para a China, com o intuito de investigar as origens da pandemia do novo coronavírus. Em uma coletiva virtual na segunda-feira 29, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a informação facilitaria o combate à Covid-19, doença respiratória causada pelo vírus.
“Enviaremos uma equipe na próxima semana para a China e esperamos que isso leve à compreensão de como o vírus começou”, disse Tedros. O anúncio ocorre enquanto pesquisadores chineses alertam a comunidade científica para uma nova cepa do vírus da gripe com “potencial pandêmico”, que pode infectar seres humanos.
O tipo é semelhante ao da gripe suína de 2009, que matou cerca de 250 mil pessoas no mundo, mas mais agressivo.
“Conhecer a fonte de um vírus é muito, muito importante”, disse Tedros. “Podemos combatê-lo melhor quando sabemos tudo sobre ele, incluindo como ele começou”, disse ele.
Tedros não especificou a composição da equipe, ou qual era especificamente sua missão. Cientistas acreditam que o novo coronavírus foi transmitido de animais para humanos, possivelmente em um mercado que comercializava animais silvestres em Wuhan.
O chefe da OMS também alertou que a pandemia estava “acelerando” e longe de terminar, dizendo que “o pior ainda está por vir”.
Nos Estados Unidos, os casos continuam a aumentar. Os estados do Arizona, Texas, Flórida e Califórnia impuseram novas restrições, voltando atrás no processo de reabertura. O Oregon e o Kansas tornaram o uso de máscaras obrigatório em espaços públicos, enquanto o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, pediu ao presidente Donald Trump que emitisse uma ordem executiva implementando a obrigação em âmbito nacional.
O país concentra mais de um quarto dos casos de coronavírus do mundo, com quase 2,6 milhões de infecções e 126.131 mortes. Nesta terça-feira, 30, o número global de mortos chegou a 504.927, enquanto os casos atingiram 10,3 milhões.
Outras nações também observam um aumento de casos. No Reino Unido, que tem o terceiro maior número de mortes no mundo, o governo reinstituiu o bloqueio total na cidade de Leicester, que tem uma taxa de infecção muito acima da nacional. Serviços não-essenciais fecharão a partir desta terça-feira e escolas a partir da quinta-feira, 2. O resto do país aguarda a suspensão de mais restrições a partir do sábado, 4, como a reabertura de pubs e restaurantes.
A Austrália também voltou atrás, reinstituindo o lockdown para uma parcela da população de Melbourne, segunda maior cidade do país, após um aumento acentuado no número de casos. Enquanto isso, o Irã registrou nesta terça-feira 162 mortos, o maior número diário de óbitos desde que a pandemia começou.