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Olimpíadas de Paris: prefeita quer banir atletas russos dos jogos de 2024

Anne Hidalgo falou que a participação desses atletas nos Jogos Olímpicos seria "indecente" enquanto a Rússia ainda estiver bombardeando a Ucrânia

Por Da Redação
8 fev 2023, 16h45

Anne Hidalgo, prefeita de Paris, afirmou nesta quarta-feira, 8, que não é a favor da participação de atletas russos Jogos Olímpicos na cidade, em 2024, enquanto a guerra na Ucrânia continuar. O posicionamento representa uma mudança de 180 graus: em janeiro, Hidalgo havia dito que os russos poderiam competir com uma bandeira neutra.

A mudança aconteceu porque a prefeita acredita que a bandeira neutra “não existe realmente, porque às vezes há atletas que são dissidentes”. A bandeira neutra foi criada por causa de casos de doping, disse Hidalgo, e não é o caso. “Eu não sou a favor dessa opção. Eu acharia isso totalmente indecente”, acrescentou.

A prefeita fez referência à invasão russa ao território ucraniano. Para ela, “não é possível desfilar como se nada tivesse acontecido”, se referindo aos atletas russos, enquanto “as bombas continuam a cair na Ucrânia”.

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O Comitê Olímpico Internacional (COI) autorizou a participação de atletas russos e bielorrussos nos Jogos Olímpicos sob uma bandeira neutra. A Ucrânia afirmou que, caso isso se concretize, vai boicotar o evento, e uma série de países já anunciou que vai aderir à estratégia.

Em visita ao primeiro-ministro Rishi Sunak em Londres nesta quarta-feira, 8, Volodymyr Zelensky, o presidente ucraniano, reiterou sua oposição a participação dos atletas. Para Zelensky, permitir russos nos jogos é o mesmo que mostrar ao mundo que o terror é aceitável.

O Reino Unido aquiesceu, afirmando que a medida do COI leva em conta um mundo “fora da realidade de guerra”.

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“Nós, e de fato muitos outros países, temos sido claros sobre isso e queremos garantir que continuemos a falar com uma só voz e deixar isso claro para o COI”, disse o porta-voz oficial de Sunak.

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Nas redes sociais, a decisão do COI foi repudiada por atletas ucranianos. O campeão mundial de boxe peso-pesado, Oleksandr Usyk, postou um vídeo direcionado a Thomas Bach, presidente do COI, na sua conta do Instagram.

“As Forças Armadas Russas invadiram nosso país e matam civis. O exército russo está matando atletas e treinadores ucranianos e destruindo campos esportivos, bem como pavilhões esportivos”, relatou no vídeo. “As medalhas que os atletas russos vão ganhar são medalhas de sangue, morte e lágrimas.”

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Usyk. The Cat. Oleksandr (@usykaa)


A tenista Elina Svitolina, que recentemente visitou a Ucrânia pela primeira vez depois da invasão russa, disse que espera que os ucranianos não precisem boicotar os Jogos Olímpicos, mas “enquanto a guerra ainda está aqui e as pessoas ainda estão morrendo por causa do exército russo, não podemos levar uma vida normal como se nada estivesse acontecendo.”

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Os comitês olímpicos da Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia e Dinamarca se uniram à Letônia, Lituânia, Estônia e Polônia em oposição à decisão da COI. Rússia e Belarus foram banidas em fevereiro de 2022, no início da invasão, e os países opositores afirmam que ainda não é o momento para reverter a decisão.

Atualmente, atletas russos e bielorrussos estão sancionados no futebol, rúgbi, Fórmula 1, ciclismo e natação. Tenistas russos e bielorrussos foram proibidos de jogar em Wimbledon e atletas dos dois países tiveram que competir os Paraolimpíadas de Inverno de 2022 sob uma bandeira neutra.

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