Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Obama se aproxima do anúncio da reforma da inteligência

Presidente dos EUA pode anunciar novas diretrizes da área na próxima semana

Por Da Redação
9 jan 2014, 09h07
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, consultou na quarta-feira autoridades do setor de inteligência sobre formas de limitar as práticas de vigilância dos EUA, à medida que se aproxima de concluir uma revisão que levará a mudanças na forma de proceder com dados de telefonemas e também a restrições na espionagem de líderes estrangeiros.

    Publicidade

    Obama, que pode anunciar as reformas no setor de inteligência na próxima semana, tem agido em busca de restaurar a confiança dos americanos – e da comunidade internacional – nos serviços de inteligência do país, após os danos causados pelas revelações do ex-analista de sistemas da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), Edward Snowden, sobre a dimensão das práticas de vigilância do governo.

    Publicidade

    Leia também:

    Obama: vazamento sobre espionagem causou ‘dano desnecessário’

    Publicidade

    Juiz considera coleta de dados telefônicos ilegal

    Empresas de tecnologia pressionam Obama por mudanças

    Publicidade

    O presidente conversou sobre o andamento do processo de revisão em reunião com o diretor de Inteligência dos EUA, James Clapper Jr., o diretor da NSA, general Keith Alexander, o secretário de Justiça, Eric Holder, e o vice-presidente, Joe Biden. “Essa foi uma chance importante para o presidente ouvir diretamente de sua equipe, quando ele começa a tomar decisões finais sobre como nós vamos seguir em frente com os programas-chave de inteligência”, disse Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

    Barack Obama também reuniu-se com integrantes do Conselho de Supervisão da Privacidade e das Liberdade Civis, um grupo bipartidário independente que faz uma revisão das práticas de vigilância dos EUA, incluindo a coleta de dados de telefonemas. O presidente deve ainda se encontrar com parlamentares americanos nesta quinta-feira para voltar a tratar sobre a revisão da inteligência.

    Publicidade

    Saiba mais: Eu espiono, tu espionas, nós espionamos…

    As reformas devem incluir algumas restrições à espionagem de líderes estrangeiros, uma questão surgida no ano passado após denúncias de que a NSA teria espionado as comunicações pessoais da presidente Dilma Rousseff e da chanceler alemã, Angela Merkel. As informações sobre a capacidade de o governo de monitorar o tráfego de telefonemas e e-mails de americanos e estrangeiros estão entre as principais revelações feitas por Snowden, que atualmente vive em asilo temporário na Rússia.

    Publicidade

    Alterações – Em dezembro, a imprensa americana teve acesso ao relatório produzido por um comitê consultivo presidencial sobre o que deve mudar nos programas de vigilância mantidos pela inteligência dos EUA. Uma das principais propostas do documento de mais de 300 páginas é que qualquer operação de espionagem contra líderes estrangeiros seja submetida a uma rigorosa análise sobre os potenciais custos econômicos e diplomáticos envolvidos caso a operação se torne pública. A decisão sobre monitorar outros governos deve ser tomada pelo presidente e seus assessores e não por agências de inteligência.

    Continua após a publicidade

    Entre as mais de quarenta recomendações também acabar com o armazenamento de dados telefônicos feito pela NSA – as informações ficariam em poder das companhias telefônicas ou de uma terceira parte, para serem consultadas e analisadas somente quando houver autorização judicial para tal. Também em dezembro, um juiz federal considerou que a coleta e armazenagem de dados telefônicos de cidadãos americanos viola a Constituição.

    Grandes empresas de tecnologia que tiveram seus dados acessados pela inteligência também pressionam o governo Obama. As empresas cobram celeridade do governo americano na decisão sobre mudanças que imponham restrições aos programas e os torne mais transparentes. Para o setor de tecnologia, as revelações feitas pelo ex-analista de inteligência prejudicam os negócios ligados à venda de hardware, serviços de nuvem e redes sociais.

    (Com agência Reuters)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.