Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O futuro da monarquia recai sobre príncipe William, novo herdeiro do trono

Primeiro na linha de sucessão do trono agora que seu pai se tornou rei, William assumiu os deveres reais após a saída de seu irmão, Harry, e do tio Andrew

Por Amanda Péchy
Atualizado em 9 set 2022, 16h52 - Publicado em 9 set 2022, 12h32

Embora quase todas as atenções se concentrem nos próximos movimentos do novo rei Charles III, que assumiu o trono da Inglaterra após a morte de sua mãe, rainha Elizabeth II, na quinta-feira 8, quem está de olho no futuro da monarquia britânica volta as atenções para seu filho, o príncipe William.

Agora que o pai tornou-se o monarca e chefe de Estado, William não é apenas o duque de Cambridge, mas herdeiro do trono. Com isso, ele detém nas mãos o destino da monarquia.

A realeza britânica sofreu alguns anos contundentes com o processo de abuso sexual nos Estados Unidos contra Andrew, filho de Elizabeth. Que o príncipe Harry, irmão mais novo de William, tenha abandonado seus deveres reais para se mudar para os Estados Unidos em 2020, não ajudou. Além disso, a polícia investiga supostas irregularidades na principal instituição de caridade do rei Charles III.

Com todos os percalços, o falecimento da rainha marcará não apenas um momento para refletir sobre seu nobre legado, mas também para olhar para o futuro.

A maioria das pesquisas mostra que os britânicos apoiam a monarquia, mas também indicam que o príncipe William deixa o pai no chinelo em termos de popularidade. Após a morte da rainha, o herdeiro do trono e sua esposa, Kate, são os membros da realeza mais queridos entre o público.

William cresceu com um forte senso de suas futuras responsabilidades, já que o reinado de Charles deve ser inevitavelmente mais curto do que o de sua mãe. Após a saída de seu irmão, Harry, e do tio, Andrew, do circuito dos royals, ele assumiu seus deveres sem fazer perguntas.

Continua após a publicidade

À medida que o novo rei envelhece, William será muito mais visado, preparando-se para seu futuro papel como rei.

Aos 40 anos, o príncipe conseguiu viver em grande parte longe dos holofotes até agora, trabalhando em empregos militares e civis e dedicando-se ao papel de pai de seus três filhos. William e Kate são conhecidos como duque e duquesa de Cambridge, e agora, após a morte da rainha, também como duque e duquesa da Cornualha. É possível, ainda, que ele ganhe o título antigo de seu pai, príncipe de Gales.

O casal se tornou proeminente no ativismo pela saúde mental. Eles também têm defendido a proteção do meio ambiente, mostrando uma face mais moderna da antiga instituição e acumulando popularidade.

No entanto, uma recente turnê do casal no Caribe soou um alerta, devido protestos sobre o passado imperial da Inglaterra e críticas de que parte da turnê tinha ecos de um retrocesso colonial.

“Sei que esta turnê trouxe questões de foco ainda mais nítidas sobre o passado e o futuro”, disse William em um comunicado altamente incomum, divulgado no final de sua visita. De acordo com o jornal Sunday Mirror, o ocorrido levou-o a repensar o papel da monarquia, e o casal declarou que queria ser conhecido por seus nomes, e não por seus títulos.

Continua após a publicidade

+ Sem Elizabeth e com Charles, ex-colônias no Caribe querem virar repúblicas

Nascido para ser rei

Desde seu nascimento, em 21 de junho de 1982, William Arthur Philip Louis Mountbatten-Windsor estava destinado a ser rei. Harry – o “reserva” de William – apareceu dois anos depois.

Mas ambos os meninos foram tratados da mesma forma em termos de educação, com babás e depois internato a partir dos 8 anos de idade. Ele tinha apenas 10 anos quando seus pais se separaram, levando a um amargo divórcio, em 1996, e tinha 15 anos quando sua mãe, a princesa Diana, morreu em um acidente de carro, em 1997.

Os irmãos sempre falaram calorosamente de sua mãe. William contou uma anedota sobre quando estava se sentindo mal depois de um dia ruim na escola, e ela animou-o cantando o sucesso de Tina Turner (Simply) The Best no carro. O príncipe também saiu em sua defesa quando um inquérito de 2021 descobriu que a BBC enganou Diana para concordar com uma entrevista de televisão bombástica em 1995, em que ela admitiu o adultério.

Apesar de contido, ele não demonstra medo de falar o que pensa e, quando seu irmão Harry emitiu acusações de racismo contra a família real, ele respondeu concisamente: “Não somos uma família racista”.

Continua após a publicidade

No entanto, William ainda não respondeu à afirmação de Harry de que ele e Charles estão “presos” pela convenção e tradição. Mas está claro que o herdeiro entende a necessidade de passar a imagem de segurança para garantir a sobrevivência da monarquia britânica.

+ Morte da rainha Elizabeth II: A nova linha de sucessão da família real

Vida pessoal

Enquanto Harry ficou conhecido como um príncipe festeiro, William forjou uma imagem mais sóbria.

William e a então Kate Middleton se conheceram na Universidade de St. Andrews, na Escócia, e seu relacionamento floresceu depois que ele a viu desfilando em um evento estudantil de moda. Os dois se casaram em 2011.

Reservado, o príncipe deu poucas entrevistas em profundidade na mídia e, com Kate, uma fotógrafa amadora, tenta controlar a narrativa de sua própria história através das redes sociais. A descontração é uma das características que ele tenta cultivar, especialmente dentro de uma instituição rígida, transmitida através de seu gosto musical eclético (de Coldplay a AC/DC) e do amor por futebol (ele é torcedor do Aston Villa, um clube fora de moda de Birmingham).

Continua após a publicidade

William e Kate desfrutaram de uma cobertura altamente positiva da mídia nos últimos cinco anos como um dos casais mais glamourosos do mundo, com apelo de estrela de Hollywood. Mas, mesmo quando recebiam críticas, o príncipe encarou-as com uma graça semelhante à da avó.

“Para ser honesto, vou receber muitas críticas ao longo da minha vida e é algo que não ignoro completamente, mas não é algo que levo completamente a sério”, disse ele em uma entrevista em 2016 para marcar o aniversário de 90 anos da rainha.

Ele virou presidente da Associação de Futebol em 2006 e marca presença nos jogos da Inglaterra, mas também participa de atividades finas e típicas da realeza, como polo e caça de galos silvestres, esporte de campo do Reino Unido.

William tornou-se piloto de helicóptero de busca e resgate da Royal Air Force (RAF) por três anos, morando em uma fazenda no noroeste rural do País de Gales com Kate e seu primeiro filho, George. Depois disso, a família se mudou para Norfolk, no leste da Inglaterra, onde William assumiu um papel civil de piloto de ambulância aérea em 2015. Ele disse que isso também envolveu experiências traumáticas, tentando ajudar pessoas que estavam à beira da morte.

Em 2017, William deixou seu emprego para se tornar um membro da realeza em tempo integral, viajando entre Londres e Norfolk, onde eles têm uma casa na extensa propriedade real em Sandringham.

Continua após a publicidade

+ Mistério: Por que Harry não estava com a rainha em seus momentos finais

Mas o perfil já régio de William se desenvolveu ainda depois que a saúde da rainha piorou (em outubro de 2021, ela foi internada em um hospital e, desde então, precisou faltar em diversos eventos da realeza), Harry deixou a vida real e seu tio foi destituído de seu papel devido a acusações de assédio sexual.

William aceita que a monarquia precisa mudar com os tempos para se manter relevante, algo pelo qual a própria rainha Elizabeth II foi elogiada. Em 2016, o príncipe disse que ela era sua maior inspiração para o trabalho.

“Esse é o desafio para mim: como tornar a família real relevante nos próximos vinte anos. E pode ser quarenta anos, pode ser sessenta anos… Espero que seja algo que eu possa fazer.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.