Justiça dos EUA nega pedido de recontagem de votos na Pensilvânia
Wisconsin é o único Estado americano que seguiu em frente com o pedido de recontagem, registrado pela ex-candidata Jill Stein
O juiz federal Paul Diamond, da Pensilvânia, rejeitou o pedido para que os votos da eleição presidencial dos Estados Unidos fossem recontados no Estado. O requerimento foi feito pela ex-candidata do Partido Verde à Presidência, Jill Stein, que também buscava a recontagem em Wisconsin e Michigan.
A decisão da Justiça da Pensilvânia considerou que “não há evidências críveis” de que urnas foram hackeadas, ou de que o sistema de votos do Estado foi comprometido, por isso, não há necessidade de recontagem. A Pensilvânia é uma das regiões em que o presidente eleito Donald Trump superou Hillary Clinton por uma margem pequena. O republicano teve cerca de 44.000 votos a mais que a democrata, o que representa menos de 1% dos 6 milhões registrados no Estado.
Wisconsin é o único Estado que acatou o pedido de Stein e deve terminar a recontagem nesta segunda-feira. Na semana passada, um juiz federal cancelou a recontagem em Michigan, três dias após seu início. A decisão foi baseada no fato de que Stein teve apenas 1% dos votos no Estado e não pode ser considerada uma parte prejudicada, já que não teria chances de vencer a eleição com uma possível recontagem.
A equipe de Clinton, segunda colocada nas eleições pelo sistema de voto distrital, preferiu manter-se distante do assunto, mas disse que cooperaria com os esforços de Stein, quando fosse adequado. Para que ocorresse uma real mudança no resultado, tirando Trump de seu posto, seria necessário que Hillary vencesse na recontagem dos três Estados.
(Com Estadão Conteúdo)