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Justiça de Gibraltar libera petroleiro iraniano Grace 1 para seguir viagem

Decisão foi tomada a despeito de pedido dos EUA para os juízes manterem a apreensão do navio

Por Da Redação
Atualizado em 15 ago 2019, 15h42 - Publicado em 15 ago 2019, 15h25
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  • A corte de Justiça de Gibraltar, território ultramarino que pertence ao Reino Unido, decidiu nesta quinta-feira, 15, pela liberação do navio petroleiro iraniano Grace 1 que estava apreendido na região desde 4 de junho. A decisão veio horas depois de os Estados Unidos enviarem um pedido a Londres para manter a apreensão.

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    Interceptado em junho, o navio iraniano foi acusado de violar sanções europeias por transportar petróleo para a Síria. O Irã negou as denúncias e acusou as autoridades de Gibraltar de realizarem um “ato de pirataria”. Duas semanas após a interceptação da embarcação, a Guarda Revolucionária Iraniana (IRCC), força de elite do Exército, capturou o petroleiro britânico Stena Impero no Estreito de Hormuz.

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    No mês passado, a Justiça de Gibraltar havia prorrogado a detenção do navio em até 30 dias. Os juízes da corte se reuniram nesta manhã para deliberar sobre o caso, mas a sessão foi interrompida após os Estados Unidos apresentarem um pedido para a manutenção da apreensão do navio. Os juízes voltaram a se reunir poucas horas depois e decidiram por autorizar a embarcação a seguir viagem.

    Segundo o jornal Gibraltar Chronicle, o governo americano não apresentou por escrito o pedido para impedir a liberação do navio.

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    A decisão só foi possível após o Irã garantir que a embarcação, com uma carga de aproximadamente 2 milhões de barris de petróleo cru e estimada em 140 milhões de dólares, não prosseguiria viagem para a Síria. Ainda não foi divulgado quando o Grace 1 zarpará de Gibraltar nem seu destino final.

    Tensões no Golfo

    Os petroleiros se tornaram alvos fáceis na escalada de tensões na região do Golfo Pérsico, responsável por 20% do tráfego marítimo de petróleo do mundo. Após a saída americana do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), o acordo nuclear entre o Irã, seis países e a União Europeia, e da volta da política de sanções de Washington, diversas embarcações foram atacadas ou sabotadas. Os Estados Unidos e o Irã ficaram perto de um conflito armado no mês passado.

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    Como resposta à insegurança no Golfo, os Estados Unidos e o Reino Unido irão liderar uma força tarefa na região para proteger os petroleiros. O Irã insiste que oferece proteção e segurança para as embarcações que realizam a passagem pelo Golfo Pérsico.

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    Não se restringindo somente aos petroleiros para fazer pressão nos países remanescentes do acordo, principalmente o grupo chamado E3 (Alemanha, França e Reino Unido), o governo de Teerã começou a descumprir compromissos do JCPOA.

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    Recentemente, o Irã confirmou que transgrediu dois dos compromissos do acordo ao enriquecer urânio acima de 3,67% e ao ultrapassar seu limite de estocagem de urânio enriquecido em 70 quilos.

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    O Irã chama cada ação de violação do acordo de “fase”, sendo que a próxima deverá ocorrer em setembro deste ano. Teerã  deseja que os países europeus voltem a comprar produtos iranianos que estão sob sanção dos Estados Unidos e pressionem os americanos para a retirada dos embargos econômicos.

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