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Irã anuncia que rompeu mais um compromisso do acordo nuclear

Teerã diz ter extrapolado em 70 quilos o limite de urânio enriquecido; novas transgressões serão decididas em setembro

Por Da Redação
13 ago 2019, 19h43

A República Islâmica do Irã informou nesta terça-feira, 13, ter ultrapassado entre 60 a 70 quilos o limite de armazenamento de urânio enriquecido estabelecido pelo Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA). O porta-voz da Agência de Energia Atômica do Irã (AEAI), Behruz Kamalvandi, disse em cerimônia na usina nuclear de Fordow que “atualmente a quantidade do urânio enriquecido do Irã é de 360 a 370 quilogramas”.

“Agora, produzimos com uma boa capacidade e esta quantidade aumenta com rapidez”, acrescentou o porta-voz, segundo a agência de notícias Irna.

A AEAI anunciou no começo de julho que tinha superado os 300 quilos de reservas de urânio permitido pelo pacto e que começara a enriquecer urânio a 4,5%, quando o limite estipulado é de 3,67%.

Segundo o acordo de 2015, do qual os Estados Unidos se retiraram em 2018, o Irã deve limitar seu programa nuclear, para impedir o desenvolvimento em curto prazo de bomba atômica, em troca da retirada de restrições econômicas e comerciais. O governo americano ao sair do acordo retomou com a política de sanções anteriores ao JCPOA e aplicaram novas medidas.

Teerã, por outro lado, iniciou uma campanha para pressionar os países remanescentes do acordo ao anunciar em maio que deixaria de cumprir alguns compromissos gradualmente, como os limites de  armazenamento de urânio e de água pesada, até sua saída completa do JCPOA.

Até o momento, o Irã anunciou o descumprimento de compromissos por duas vezes. O próximo passo será em setembro, caso os países conhecidos como E3 (Alemanha, França e Reino Unido) não pressionem os Estados Unidos a retirarem as sanções ou não retomem a compra de produtos iranianos que estão sob restrições de Washington.

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O chefe da AEAI, Ali Akbar Salehi, disse não saber quais serão as novas medidas a serem tomadas pelo governo iraniano em setembro. Disse apenas que Teerã só tomará alguma decisão após a opinião do líder supremo, o aitolá Ali Khamenei, e que a AEAI  “estará pronta para se adequar a qualquer medida tomada pelas autoridades”.

Crise dos petroleiros

A agência de notícias Irna também noticiou nesta terça-feira que o governo britânico estaria disposto a negociar a libertação do navio iraniano Grace 1, que está preso em Gibraltar, desde o início de julho. A apreensão está baseada na acusação de que a embarcação transportaria petróleo para a Síria, que sofre com sanções internacionais.

Segundo a emissora de televisão Al Jazeera, autoridades de Gibraltar, falando em condição de anonimato, negaram que o governo do território britânico e que Londres estejam dispostos a negociar com o Irã.

Duas semanas após a apreensão do Grace 1, a Guarda Revolucionária Iraniana (IRCC) capturou o navio-petroleiro Stena Impero, de bandeira britânica, no estreito de Omã, e o mantém até hoje em águas iranianas.

No próximo sábado, uma corte em Gibraltar deverá analisar o caso do Grace 1 porque a ordem de apreensão está próxima de expirar. Até lá, é difícil saber se o navio será liberado ou não para seguir viagem.

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Os petroleiros se tornaram alvos fáceis na  escalada de tensões na região do Golfo Pérsico, responsável por 20% do tráfego marítimo de petróleo do mundo. Após a saída americana do acordo nuclear e da volta da política de sanções, diversas embarcações foram atacadas. Estados Unidos e Teerã ficaram à beira de um conflito armado.

Atualmente, os americanos lideram uma força tarefa na região para proteger os petroleiros, enquanto o Irã diz que oferece proteção e segurança para as embarcações que realizam a passagem pelo Golfo Pérsico.

(Com EFE)

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