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Japão realiza funeral de Estado polêmico para ex-premiê assassinado

Mais de 4.300 convidados participaram da cerimônia em Tóquio enquanto milhares de japoneses protestavam contra o alto custo do evento

Por Da Redação
27 set 2022, 10h42

O Japão se despediu do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe em um elaborado funeral de Estado na terça-feira, 27, apesar da oposição pública ao alto custo do evento. Autoridades internacionais compareceram à solenidade, enquanto protestos ocorriam nas ruas de Tóquio.

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De acordo com informações da emissora japonesa NHK, mais de 4.300 convidados participaram do funeral na Nippon Budokan Arena em Tóquio, incluindo líderes globais como a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.

Também estiveram presentes autoridades do governo nipônico, incluindo o ex-primeiro-ministro Yoshihide Suga, braço direito do falecido premiê. O atual primeiro-ministro do país, Fumio Kishida, fez um discurso exaltando a “coragem” e dedicação de Abe.

O governo fez um vídeo em homenagem à vida e carreira do político enquanto suas cinzas eram levadas para o local. Outros ritos cerimoniais incluíram uma guarda de honra, salva de tiros e apresentações musicais.

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Shinzo Abe governou o Japão por mais de oito anos seguidos e renunciou em 2020 alegando problemas de saúde. O político permaneceu influente até ser morto a tiros enquanto fazia um discurso de campanha eleitoral na cidade ocidental de Nara em julho deste ano.

O incidente chocou a nação, onde a violência armada é extremamente rara. Contudo, nos meses que se seguiram ao assassinato, o pesar deu lugar a uma queda na popularidade do líder morto.

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Uma pesquisa de opinião da NHK no início de setembro mostrou que 57% dos entrevistados se opuseram ao funeral de estado, em comparação com 32% que o apoiaram – o restante disse que não sabia ou se recusou a responder.

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Rumores sobre trocas de favores entre o Partido Liberal Democrata, do qual o ex-premiê era membro, e a sul-coreana Igreja da Unificação provocaram a oposição de parte dos japoneses ao evento de despedida de Abe.

Alguns críticos também apontaram as políticas mais impopulares do governo do líder como uma razão para a mudança na opinião pública. Muitos questionaram o gasto ostensivo do Estado com o funeral – que custará cerca de US$ 12 milhões (R$ 62 milhões) aos cofres públicos, em um momento em que o país enfrenta uma alta na inflação.

A segurança do evento foi reforçada, com cerca de 20.000 policiais sendo mobilizados para o centro de cerimônias. Contudo, milhares de manifestantes se reuniram do lado de fora do local gerando alguns confrontos com as forças de segurança.

Apesar dos protestos, multidões de pessoas fizeram fila do lado de fora dos memoriais designados para deixar flores e prestar suas últimas homenagens a Abe, que dominou a política japonesa por uma geração.

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O primeiro-ministro Kishida tentou apaziguar o público, dizendo que um funeral de Estado para o político era “adequado” por suas conquistas como ex-líder. Em agosto, o premiê argumentou que a cerimônia não pretende “forçar as pessoas a lamentar” a morte de Abe.

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