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Israel duplicará tropas em Gaza por protestos desta sexta-feira

Novas mobilizações de palestinos contra Israel estão marcadas para esta última sexta-feira do Ramadã; Cisjordânia não estará a salvo de possíveis reações

Por Da Redação
7 jun 2018, 11h46

O Exército de Israel se prepara para dobrar os efetivos fronteira com a Faixa de Gaza por causa dos protestos convocados para esta sexta-feira (8) em repúdio à Nakba, a referência palestina à independência israelense e consequente explosão da Guerra dos Seis Dias, em 1948. A data do protesto coincide com o Dia de Jerusalém e a última sexta-feira do Ramadã, de acordo com a imprensa local.

“As Forças de Defesa de Israel estão em estado de alerta em antecipação às manifestações em massa e particularmente violentas amanhã”, informa o jornal israelense Maariv, assegurando que “como parte dos preparativos, será dobrado o número de tropas habitualmente destacadas na região”.

Um oficial do Exército do Comando Sul se recusou a relevar o número de militares destacados, mas confirmou que “as Forças de Defesa de Israel estão preparadas com um grande número de tropas para todos os eventos que possam acontecer em Gaza”.

“Não vamos permitir nenhuma violação da soberania israelense”, advertiu o oficial.

O Exército prevê que o movimento islâmico Hamas – considerado um grupo terrorista por Israel, União Europeia, Estados Unidos, entre outros –  levará às ruas de Gaza dezenas de milhares de manifestantes amanhã, como aconteceu em meados de maio.

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Em dia 14 de maio, cerca de 40.000 pessoas participaram das mobilizações na fronteira com Israel e mais de 60 morreram e cerca de 2.000 ficaram feridas pelos disparos de soldados israelenses.  A maior parte dos manifestantes estava desarmada, segundo fontes palestinas, embora Israel assegure que pelo menos 25 dos mortos eram membros do Hamas.

Desde o início da Marcha para o Retorno, manifestação iniciada no final de março cujo ápice se deu em 14 de maio, 115 palestinos foram mortos pelas forças israelenses. Israel insistentemente responsabiliza o Hamas pela violência.

“O Exército estima que, se as suas projeções sobre a participação e a violência são exatas, voltará a haver um elevado número de vítimas palestinas, dada a intenção do Hamas de tentar cometer ataques terroristas e romper a cerca para se infiltrar em território israelense”, disse o jornal.

Violência

Israel também se prepara para a eventualidade de a violência na fronteira envolver o lançamento de foguetes pelas milícias palestinas contra seu território.

“Israel enviou mensagens para a liderança do Hamas, por meio do Egito, pedindo calma a eles. Mas todos os sinais indicam que o Hamas optou por trabalhar para conseguir o contrário”, afirma o Maariv.

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Perguntado sobre a possibilidade de a violência se estender para a Cisjordânia, o oficial do Exército respondeu que “não se pode fazer profecias, pois qualquer coisa pode acontecer aqui e de maneira repentina”.

“Mas, em geral, se olharmos o último mês e aprendermos com ele, vemos que o que acontece em Gaza não afeta necessariamente a Judeia e a Samaria (ambas na Cisjordânia ocupada), salvos incidentes menores”, disse o oficial.

“Ainda assim, nos últimos anos não houve nenhum Ramadã sem algum incidente, por isso estamos preparados para tudo. Nosso objetivo é ser o mais profissional possível, sobretudo para não prejudicar inocentes, o que é ruim para todos e pode agitar a região”, acrescentou o militar.

(Com EFE)

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