É HOJE! Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Guaidó: pressão contra Maduro na Venezuela está ‘só começando’

Após reunião com sindicalistas, Guaidó afirmou que os representantes dos trabalhadores lhe propuseram uma 'greve escalonada na administração pública'

Por AFP Atualizado em 4 jun 2024, 15h43 - Publicado em 5 mar 2019, 20h18
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, advertiu nesta terça-feira, 5, que a pressão contra o governo de Nicolás Maduro está “só começando” e propôs, com sindicalistas, uma greve “escalonada” de funcionários públicos. Isso acontece logo após seu desafiador retorno ao país, após ter burlado uma proibição de saída.

    Reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, Guaidó se reuniu com dirigentes sindicais apostando que os funcionários públicos apoiem os seus esforços para retirar Maduro do poder.

    “Achavam que a pressão máxima havia chegado. Saibam claramente que a pressão está só começando”, lançou o oposicionista após o encontro em Caracas.

    O também chefe do Parlamento conseguiu reativar os protestos e estreitar o cerco diplomático contra Maduro. “Aqui está o presidente interino da Venezuela dando a cara aos trabalhadores, ao trabalho com dignidade, sem que lhe deem nada em troca”, acrescentou Guaidó, que promove um “governo de transição e eleições livres”.

    Como parte da pressão com o presidente socialista, o legislador de 35 anos busca agora arrebatar-lhe o controle da burocracia estatal, que considera “sequestrada pelas chantagens e perseguições”.

    Segundo Guaidó, os representantes dos trabalhadores lhe propuseram avançar para uma “greve escalonada na administração pública”, embora não tenha dado detalhes. Durante a era chavista, o setor público chegou a ter entre 4 e 4,5 milhões de funcionários, mas essa cifra pode ter sido reduzida devido à grave crise econômica, que inclui uma contração do PIB de 50% desde 2014, hiperinflação e escassez de bens básicos.

    Continua após a publicidade

    Setor público paralisado

    Guaidó quer elevar a pressão interna para retirar Maduro, depois que o Grupo de Lima – composto pelo Canadá e por uma dúzia de países latino-americanos – descartou o seu apoio a uma intervenção militar, alternativa que o governo de Donald Trump mantém sobre a mesa.

    Para isso, pretende virar ao seu favor os funcionários públicos. Contudo, o governo conserva a sua influência em boa parte da cúpula sindical. “A greve escalonada é uma proposta dos trabalhadores públicos para que nunca mais trabalhem para a ditadura”, sustentou em entrevista coletiva, na qual anunciou uma lei para proteger os funcionários de eventuais demissões.

    Da reunião nesta terça participaram sindicalistas petroleiros, das indústrias básicas, governações, prefeituras, hospitais e a banca pública, entre outros, disse a dirigente Ana Yánez. Os sindicatos ainda não anunciaram quando ou quais setores farão essas greves e acordaram se reunir nos dias seguintes com o Parlamento.

    Continua após a publicidade

    “A administração pública está praticamente paralisada. Nas prefeituras vão trabalhar somente três vezes por semana e apenas meio período”, comentou Yánez.

    O salário mínimo na Venezuela é de 18.000 bolívares por mês (cerca de seis dólares), que apenas dá para dois quilos de carne, devido à hiperinflação que o FMI projetou em 10.000.000% para 2019.

    Mergulhados em contradições

    Com o tom desafiador após a sua multitudinária recepção na segunda-feira em sua chegada a Caracas, Guaidó disse que o silêncio oficial diante do seu retorno mostra as contradições no círculo do “ditador”, como se refere a Maduro.

    “Estão mergulhados em contradições. Não sabem como responder ao povo da Venezuela”, disse Guaidó a jornalistas ao ser questionado sobre como explica não haver qualquer reação por parte do governo de Maduro ao seu retorno.

    Continua após a publicidade

    Antes da sua volta a Caracas, Maduro havia declarado que Guaidó teria que encarar a Justiça por ter evadido a proibição de saída do país.

    O governo participou nesta terça de uma homenagem pelo aniversário da morte de seu antecessor, Hugo Chávez (1999-2013). “Comandante Chávez (…), obrigado pelos seus ensinamentos e, com seu exemplo, hoje continuamos em permanente luta contra os inimigos que tentaram apagar a sua voz tantas vezes. Viverás para sempre em cada vitória!”, escreveu Maduro no Twitter.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.