Furacão Delta se aproxima dos EUA e população foge na Louisiana
Tempestade tropical, que segue outro furacão que atingiu região em agosto, deve tocar solo americano nesta sexta, com ventos de até 195 km/h
Após uma passagem pelo Golfo do México nesta semana, a Guarda Nacional dos Estados Unidos foi mobilizada para a chegada do furacão Delta, diante da ameaça de inundações. Nesta sexta-feira, 9, parte da população da costa da Louisiana abandonou suas casas, muitas delas ainda com marcas do furacão Laura, que atingiu a região no final de agosto.
A tempestade, classificada como de categoria 3 e de ventos de até 195 km/h, deve tocar solo americano na noite desta sexta, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).
O NHC alertou que o furacão poderá causar “danos devastadores”, incluindo inundações que podem chegar a três metros de profundidade.
O governador da Louisiana, John Bel Edwards, pediu aos moradores que fossem extremamente cautelosos com o Delta e anunciou que 2.400 membros da Guarda Nacional foram mobilizados para ajudar, já que a tempestade irá afetar uma área menos preparada do estado.
Muitos na costa da Louisiana ainda não se recuperaram do furacão Laura, que chegou no final de agosto com uma categoria 4 na escala de cinco níveis Saffir-Simpson.
O furacão passou na quinta-feira, 8, pelo oeste do Golfo do México, onde destruiu árvores e linhas de energia. Apesar disso, a passagem pela península mexicana de Yucatán não causou grandes danos ou deixou vítimas.
“Não sei se teremos uma casa quando voltarmos”, desabafou Kimberly Hester, moradora de Lake Charles, Louisiana (sudeste), por onde o Delta passará.
Na quinta-feira, o tráfego estava congestionado em ambas as direções da cidade de Lake Charles, devido à multidão saindo da cidade.
Terry Lebine já havia partido para a cidade de Alexandria, cerca de 100 km ao norte, devido ao furacão anterior e se prepara para fugir mais uma vez.
“É exaustivo”, disse Lebine. “Tenho minha mãe de 81 anos em um estado de saúde que não é dos melhores. Mal voltamos para casa depois de Laura e temos que partir novamente por causa do Delta. Ficamos duas, ou três, semanas em casa”.
O Delta é a 26ª tempestade com nome, em uma temporada de furacões no Atlântico excepcionalmente ativa. Vários recordes já foram batidos este ano, incluindo o fim da lista de nomes previstos para os ciclones. Por conta disso, os meteorologistas começaram a identificá-los com o alfabeto grego.