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EUA estão repensando oposição a armar rebeldes sírios

Secretário de Defesa Chuck Hagel disse que todas as opções estão sendo revistas. Preocupação sobre uso de armas químicas tem aumentado

Por Da Redação
2 Maio 2013, 16h52

O secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, disse nesta quinta-feira que a adminitração Obama está repensando sua oposição ao armamento dos rebeldes sírios, apesar de ainda não haver uma decisão sobre o assunto.

“Você olha para todas as opções e repensa sobre todas elas. O que não significa que você faz ou vai fazer alguma coisa”, disse, em uma entrevista coletiva.

Entenda o caso

  1. • Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o governo do ditador Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
  3. • Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já configurava uma guerra civil.
  4. • Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.

Forças do governo Bashar Assad recuperaram nesta quinta um distrito central na cidade de Homs, a terceira maior do país. O bairro recapturado é o de Wadi al-Sayeh, que fica entre duas áreas dominadas por rebeldes. Homs é um ponto crucial no corredor que liga a base do governo em Damasco à tradicional terra natal da minoria alauíta, da qual Assad faz parte. Também foi centro da revolta da maioria sunita contra quatro décadas de ditadura da família Assad.

Armas químicas – Em meio aos relatos sobre o uso de armas químicas na guerra civil da Síria, o ministro da Informação, Omran al Zoubi, disse em uma entrevista à CNN que o uso de armas químicas também é uma “linha vermelha” para o governo sírio. “O presidente Obama diz que as armas químicas são a linha vermelha. Então ele está em concordância direta com o presidente Assad, que também acha que as armas químicas são a linha vermelha”, disse Zoubi.

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O ministro culpou os rebeldes e a Turquia, ao dizer que a Frente al-Nusra, considerada uma organização terrorista pelos americanos, está trazendo as armas daquele país para usar na Síria e culpar o governo. “Estamos muito certos de que as armas chegaram à Síria da Turquia. Isso não é uma acusação política, é baseada em fatos e a Frente al-Nusra disse que isso é verdade. Existem vídeos que deixam isso claro”, disse, sem apresentar provas. Ele insistiu que o governo “nunca usaria esse tipo de munição caso a tivesse”.

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Estados Unidos – Na semana passada, Hagel afirmou que a inteligência americana acredita o gás sarin pode ter sido usado pelo regime Assad contra os rebeldes. Porém o uso da substância tóxica teria sido em “pequena escala”. Em conferência nesta terça-feira, o presidente americano Barack Obama disse que o uso de armas químicas pode mudar a forma como seu país trata o conflito. “É importante para nós fazer isso de uma forma prudente. E eu o que eu tenho dito para minhas equipes é que nós temos que fazer tudo o que pudermos para investigar e estabelecer com alguma certeza o que exatamente aconteceu na Síria e o que está acontecendo lá”.

Dois dias antes das declarações de Hagel, um funcionário da inteligência do Exército israelense já havia acusado o ditador de utilizar armas químicas contra rebeldes. O premiê de Israel, Benjamin Nentayahu, afirmou que as armas podem mudar “o equilíbrio de poder no Oriente Médio” e apresentam risco global.

O conflito na Síria já dura dois anos e deixou mais de 70.000 mortos e um milhão de refugiados. O governo americano e outras potências ocidentais têm apoiado as forças opositoras. No entanto, a comunidade internacional ainda é cautelosa em enviar armas letais aos rebeldes por temer que elas caíam nas mãos de militantes islâmicos e simpatizantes da organização terrorista Al Qaeda.

(Com agência Reuters)

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