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Estudantes e políticos de Hong Kong se reúnem pela primeira vez

Poucas horas antes do encontro, o chefe-executivo do governo falou pela primeira vez sobre uma possível abertura democrática no processo eleitoral

Por Da Redação
21 out 2014, 09h59
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  • Os estudantes de Hong Kong que lideram o movimento pró-democracia e representantes do governo se reuniram nesta terça-feira para o primeiro encontro após mais de três semanas de manifestações. A equipe do governo será liderada pela secretária-chefe Carrie Lam, a número dois na hierarquia do Executivo da ex-colônia britânica, e os estudantes estão representados por cinco pessoas – entre eles, Joshua Wong, o jovem de 17 anos que é apontado com um dos líderes mais influentes do movimento. As negociações, que começaram às 18h00 do horário local (10h00 no horário de Brasília), terão como foco o pedido para que o governo não aceite o poder de veto da China nas próximas eleições do país, marcadas para 2017. Os estudantes temem que a China use o dispositivo para barrar candidatos liberais e permitir a candidatura apenas de políticos submissos a Pequim.

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    Poucas horas antes do começo das conversas formais entre líderes estudantis do protesto e os políticos, o chefe-executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying falou que a comissão escolhida para selecionar candidatos para a eleição de Hong Kong em 2017 pode ser tornar mais democrática. A fala é a primeira indicação de uma possível concessão aos pedidos dos manifestantes pró-democracia. “Há espaço para discussão aqui”, disse Leung a um pequeno grupo de repórteres. “Há espaço para tornar o comitê de nomeação mais democrático”, disse, sem entrar em detalhes de como isso seria posto em prática. A discussão da potencial concessão de Leung pode começar apenas mais para o fim do ano, no entanto, quando o governo da cidade lançar uma nova rodada de consultas sobre métodos eleitorais, disse ele a repórteres na sede do governo.

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    Após mais de três semanas de manifestações que travaram o trânsito e o comércio de um dos centros financeiros mais importantes da Ásia, há pouca expectativa de que seja feito um grande avanço nas conversas desta terça-feira. Os protestos motivaram confrontos ocasionais entre manifestantes e a polícia, que chegou a disparar gás lacrimogêneo sobre a multidão e também utilizou spray de pimenta e cassetetes. Mais de 40 pessoas foram detidas e seis policiais foram afastados sob a acusação de espancarem um manifestante rendido. Questionado sobre a violência policial, Leung disse que seu governo “não está tentando dialogar com os estudantes sobre as ações da polícia”.

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    Ele se recusou a dizer se haveria um prazo para retirar os manifestantes das ruas da cidade e disse que o governo não tinha “quaisquer instruções de Pequim”. Mas Leung disse acreditar que as pessoas de Hong Kong estavam perdendo a paciência com as manifestações e podem tomar alguma atitude.

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    Estrangeiros – O chefe do Executivo disse ainda que divulgará, “no momento adequado”, evidências que revelam o apoio de forças estrangeiras ao movimento Occupy para promover os protestos. Leung disse que não estava especulando quando disse no último domingo que o Occupy “não é um movimento totalmente doméstico e forças estrangeiras estão envolvidas”, mas se recusou a dar mais detalhes e a citar os países que acredita que têm influência nos protestos. A linha seguida por Leung é a mesma do governo de Pequim, que denunciou em diversas ocasiões que “forças anti-China” estavam manipulando os manifestantes. Além disso, fez uma advertência contra a intromissão estrangeira, considerando que o que ocorre em Hong Kong é um assunto doméstico.

    (Com agências France-Presse e EFE)

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