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Egito concordou em abrir passagem de Rafah para Gaza, diz Biden

Presidente dos EUA afirma que governo egípcio permitirá fluxo de 20 caminhões de ajuda humanitária, mas alerta que 'isso vai acabar' se o Hamas interferir

Por Da Redação
Atualizado em 18 out 2023, 18h45 - Publicado em 18 out 2023, 18h14

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira, 18, que o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, concordou em abrir a passagem de Rafah para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

De acordo com o jornal israelense Haaretz, Biden disse a repórteres que o governo egípcio permitirá a entrada de até 20 caminhões de ajuda humanitária em Gaza através de sua fronteira, mas alertou que “isso vai acabar” se o Hamas confiscar os insumos ou impedir sua entrada.

“Al-Sisi merece reconhecimento real porque foi obsequioso”, disse o chefe da Casa Branca.

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Washington acrescentou que Biden e al-Sisi concordaram em trabalhar em estreita colaboração para encorajar uma resposta internacional urgente e robusta aos apelos das Nações Unidas sobre a situação de calamidade humanitária na Faixa de Gaza.

“Os dois líderes discutiram a coordenação contínua para fornecer assistência humanitária a Gaza e mecanismos para garantir que a ajuda seja distribuída em benefício da população civil”, disse a Casa Branca em comunicado.

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O texto acrescentou que Egito e Estados Unidos irão encorajar uma resposta global ao apelo das Nações Unidas pela mobilização de um fundo de emergência de US$ 294 milhões de dólares para a crise no enclave palestino.

Os dois líderes, segundo a Casa Branca, concordaram também sobre a necessidade de preservar a estabilidade no Oriente Médio e evitar a escalada do conflito.

Na encruzilhada

O Egito convidou o Brasil nesta quarta-feira, 18, para participar de uma cúpula internacional sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas. O encontro acontecerá no próximo sábado, 21, em Cairo. Brasília não confirmou qual autoridade representará o governo.

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O evento foi organizado às pressas pelo governo egípcio diante da escalada do conflito na região nos últimos dias, com a crise agravada pela explosão de um hospital na Faixa de Gaza. O foco principal das discussões será a atual crise humanitária no enclave palestino.

Outros convidados da cúpula incluem os líderes da Turquia, Iraque e Qatar, entre outras nações árabes e da região do Golfo. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que está em Tel Aviv, também poderá comparecer, com a condição de que adicione o Egito à sua próxima viagem ao Oriente Médio, segundo o jornal americano The Washington Post.

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Um dos motivos por trás do encontro é que o Egito enfrentava uma pressão crescente para permitir que a população civil de Gaza, com quem compartilha uma fronteira, atravesse a chamada passagem de Rafah para se refugiar dos constantes bombardeios israelenses e escapar de uma esperada invasão terrestre.

No entanto, al-Sisi se mostrou relutante com a possibilidade de receber o fluxo de um número significativo, embora desconhecido, de refugiados palestinos. Mesmo diante dos pedidos internacionais, como do Brasil, para a abertura de um corredor humanitário, as autoridades egípcias ainda resistem em definir um momento para isso.

Em 1948, após a fundação de Israel, dezenas de milhares de palestinos inundaram o Egito, transformando a cidade de Rafah num campo de refugiados. As tendas tornaram-se então barracos, que se transformaram em edifícios de construção simples para acolher o que se tornou uma população egípcio-palestina.

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Nesta quarta-feira, al-Sisi sugeriu que os civis palestinos deslocados pelo conflito deveriam ser realocados para uma área desértica dentro de Israel, conhecido como Nakab, ou Negev.

“Eu sugeriria que Israel transferisse civis palestinos para o deserto de Nakab, em Israel, até terminar as suas operações com o Hamas e outras milícias islâmicas”, disse El-Sisi.

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O líder egípcio enfatizou que o Egito já acolhe atualmente 8,5 milhões de refugiados e não pode acomodar mais pessoas. Ele também expressou preocupação com os potenciais riscos à segurança de um influxo significativo de palestinos para o país.

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