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Diante de dois massacres, Trump propõe pena de morte para “monstros”

Presidente americano condena a supremacia branca pela primeira vez, esquiva-se de atribuir os massacres ao acesso fácil às armas e culpa doentes mentais

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h41 - Publicado em 5 ago 2019, 13h35
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  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou nesta segunda-feira, 6, o acesso fácil às armas como principal causa dos frequentes massacres de civis no país. Depois de um final de semana marcado pela violência em El Paso e Dayton, o líder pediu a aprovação da pena de morte para esses crimes e a execução rápida dos “monstros”responsáveis. O total de vítimas fatais subiu para 31.

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    Trump mantivera-se calado no domingo, depois da morte de nove pessoas no centro de Dayton, no estado de Ohio. Mas, pouco antes de seu discurso sobre os tiroteios, quebrou o silêncio pelo Twitter nesta manhã para pedir união entre Republicanos e Democratas para a aprovação de leis mais rígidas sobre imigração. “Não podemos deixar que os mortos em El Paso, Texas, e Dayton, Ohio, morram em vão”, afirmou.

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    No discurso em rede nacional, Trump culpou a “glorificação da violência” e pediu que a nação rejeite o racismo, o fanatismo e a supremacia  branca. Esta foi a primeira vez que o presidente americano condenou, publicamente, a supremacia branca. Ele abstivera-se de fazê-lo durante o caso de Charlottesville, no estado de Virginia, em 2017.

    “Essas ideologias maléfica têm de ser derrotadas. Não há lugar ao ódio na América”, declarou.

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    Trump anunciou que o Departamento de Justiça começou a elaborar propostas para conter o aumento dos tiroteios em massa no país. Sugeriu, por exemplo, que as agências americanas atuem em conjunto para identificar pessoas com potencial de cometer esses atos e confiscar suas armas ou proibi-las de adquirir novas. Também insinuou a internação involuntária de doentes mentais para prevenir os ataques.

    Trump associou os tiroteios em massa com a saúde mental dos atiradores e não com o fácil acesso a armas no país. Propôs, dentro das medidas que o Departamento de Justiça está elaborando, uma reforma para melhorar o acesso de doentes mentais aos planos de saúde que tratam dessas enfermidades. O presidente americano também culpou os videogames e as redes sociais por “fornecer um caminho perigoso para radicalizar mentes perturbadas”.

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    O primeiro tiroteio neste fim de semana ocorreu na cidade de El Paso, Texas, que faz divisa com o México. O jovem Patrick Crusius, de 21 anos,  invadiu uma um mercado da rede Walmart e abriu fogo contra as pessoas que lá estavam. Vinte e uma morreram e 24 ficaram feridas. Considerado “terrorista doméstico”, Crusius se declarara eleitor de Trump e deixara um manifesto de condenação à invasão hispânica e à “mistura de raças” nos Estados Unidos.

    Preso e prestes a ser denunciado por terrorismo à Justiça americana, Crucius deverá ser alvo de um pedido de extradição a ser enviado pelo governo do México. Na manhã desta segunda-feira, a polícia de El Paso anunciou a morte da 21ª vítima do supremacista branco.

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    Menos de 14 horas depois do massacre de El Paso, outro atirador abriu fogo contra a população da cidade de Dayton, Ohio, matando 9 pessoas e ferindo entre 27 e 31, segundo a polícia. O terrorista foi morto rapidamente pela polícia, que estava próxima ao local.

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    Levantamento do jornal The Washington Post mostra que 1.165 pessoas foram mortas nos Estados Unidos em 163 ataques desde agosto de 1966, quando um jovem instalou-se na torre do relógio da Universidade do Texas e disparou nos transeuntes. Dezessete pessoas morreram. Desde a julho, foram registrados mais quatro ataques, com 35 pessoas vítimas fatais, fato que eleva para 1.200 o total de mortos desde 1966. Com base nos dados do Post, o atirador de Dayton é o 171º a atacar civis nos Estados  Unidos.

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