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Desastre de barco de imigrantes no Cabo Verde pode ter matado mais de 60

Embarcação que esteve no mar por mais de um mês, com dezenas de senegaleses a bordo, foi encontrado à deriva

Por Da Redação
Atualizado em 17 ago 2023, 09h44 - Publicado em 17 ago 2023, 09h05

Mais de 60 pessoas podem ter morrido depois que um barco transportando imigrantes foi encontrado nesta quinta-feira, 17, em Cabo Verde, na África Ocidental. Outras 38 foram resgatadas, enquanto sete corpos foram recuperados pelos serviços de emergência.

Segundo a Organização Internacional para Migrantes (OIM), um total de 100 passageiros embarcaram no barco no Senegal, no dia 10 de julho, com destino à Espanha. Acredita-se que pelo menos 63 refugiados tenham morrido, enquanto os 38 sobreviventes incluem quatro crianças com idades entre 12 e 16 anos.

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A embarcação foi avistada por pescadores espanhóis a quase 320 km da ilha do Sal, em Cabo Verde. Relatórios iniciais sugeriram que o barco havia afundado, mas depois foi esclarecido que ele havia sido encontrado à deriva.

Autoridades cabo-verdianas pediram uma ação global para a migração para evitar mais mortes. O país fica na rota marítima para as Ilhas Canárias da Espanha, caminho que vai do oeste da África normalmente para chegar à Espanha continental. É um dos trajetos migratórios mais mortais do mundo.

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“Estão faltando caminhos seguros e regulares para a migração, o que dá espaço para contrabandistas e traficantes colocarem pessoas nessas jornadas mortais”, disse a OIM.

De acordo com a organização, pelo menos 559 pessoas morreram tentando chegar às Ilhas Canárias em 2022, enquanto 126 pessoas morreram ou desapareceram na mesma rota nos primeiros seis meses deste ano, com 15 naufrágios registrados.

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Em julho, outras 15 pessoas morreram afogadas quando um barco virou na costa da capital do Senegal, Dakar.

A imigração retorna rapidamente ao topo da agenda política da União Europeia e do Reino Unido. A agência de fronteira e guarda costeira da Europa, Frontex, disse na semana passada que as chegadas irregulares aumentaram 13% entre janeiro e julho para 176.100, o número mais alto para o período desde 2016.

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Segundo a Frontex, o recorde foi impulsionado pelo aumento de 115% no número de pessoas que usam a rota do “Mediterrâneo Central”, que agora é o principal caminho migratória para a Europa e responde por mais da metade de todos os encontros entre autoridades e imigrantes na fronteira.

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Pelo menos 11 refugiados morreram na segunda-feira 14 e sete continuam desaparecidos depois que o barco em que viajavam virou na costa da Tunísia, segundo autoridades tunisianas. Na semana anterior, outras 41 pessoas teriam morrido depois de um naufrágio em mar agitado na ilha italiana de Lampedusa, no Mediterrâneo central.

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