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Ciclone Fani atinge a costa leste da Índia com ventos de quase 200 km/h

Maior tempestade dos últimos vinte anos no país perdeu força depois de causar sete mortes e forçar o deslocamento de mais de um milhão de pessoas

Por EFE Atualizado em 30 jul 2020, 19h48 - Publicado em 3 Maio 2019, 11h32

Descrito como “extremamente severo”, o ciclone Fani alcançou nesta sexta-feira, 3, a costa leste da Índia, levando ventos de até 195 km/h à região, onde sete pessoas morreram e mais de um milhão tiveram de ser retiradas de suas casas.

Segundo o Departamento Meteorológico da Índia, o IMD, o Fani começou a tocar o solo indiano às 8h no horário local (23h30 no horário de Brasília), perto de Puri, uma cidade litorânea no estado oriental de Odisha. As previsões meteorológicas das últimas horas indicaram um enfraquecimento do ciclone, agora classificado como uma tempestade tropical muito forte com ventos de 140 km/h.

A expectativa é de que o Fani, o ciclone mais forte registrado no país nos últimos vinte anos, continue se deslocando para o nordeste, perdendo força à medida que segue a caminho de Bangladesh.

Apesar do fenômeno estar mais brando, sua passagem deixou um rastro de destruição na costa da Índia. O escritório de comunicação do governo indiano compartilhou imagens nas redes sociais exibindo chuvas torrenciais e rajadas de vento atingindo árvores e casas.

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A tempestade afetou principalmente o estado de Odisha, mas, segundo o IMD, o Fani também pode causar danos em outros estados da Baía de Bengala como Andhra Pradesh e Bengala Ocidental.

O ciclone é tão poderoso que quebrou todas as janelas do Instituto de Tecnologia Industrial Kalinga. Nesta sexta-feira, 3, um aluno de engenharia da faculdade gravou o momento em que os ventos “de 160 ou 170 km/h” romperam toda a estrutura.

A costa indiana costuma sofrer com a passagem de ciclones. Em outubro do ano passado, o Titli deixou ao menos 60 mortos em sua passagem também pelo estado de Odisha.

Perdas humanas mais significativas foram evitadas por um planejamento intenso do governo indiano, depois que um ciclone devastador matou mais de 10.000 pessoas no leste da Índia em 1999. O desastre criou uma discussão em torno do preparo do país para responder a emergências, motivando uma nova infraestrutura para lidar com esses fenômenos.

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Em 2005, a Índia criou leis para instaurar a chamada Autoridade de Administração de Desastres Naturais, uma agência responsável unicamente por minimizar os impactos dos desastres.

Um ano mais tarde, em 2006, o país estabeleceu as Forças de Resposta aos Desastres Naturais, um corpo especializado de homens e mulheres treinados para lidar com tragédias como ciclones e terremotos. Agora, estas forças já contam com quase 25.000 funcionários.

Esses socorristas treinados, trabalhando com as Forças Armadas indianas, já estavam em ação dias antes da chegada do Fani, evitando uma tragédia semelhante à de 1999.

Marcador indica cidade de Puri, onde o ciclone tocou o solo
Marcador indica cidade de Puri, onde o ciclone Fani tocou o solo na Índia (Google Maps/Reprodução)

(Com EFE)

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