Capriles impugna hoje resultados de eleição presidencial
Vitória de Maduro por estreita margem fez oposição pedir recontagem de votos
Por Da Redação
2 Maio 2013, 10h10
O opositor Henrique Capriles anunciou que impugnará os resultados da eleição presidencial da Venezuela de 14 de abril nesta quinta-feira diante do Supremo Tribunal de Justiça. Os opositores também poderão recorrer à Corte Internacional de Direitos Humanos, da qual o governo venezuelano decidiu se retirar em setembro passado, mas que terá sua saída efetivada apenas no prazo de um ano.
“Esgotaremos a institucionalidade, mesmo que não confiemos nas entidades do estado. Estamos confiantes de que esse caso chegará a cada país onde há democracia, para que a comunidade internacional ajude a justiça a se impor na Venezuela”, disse Capriles. “Esse governo tem os pés de barro, em qualquer momento cai, mas sua saída deve ser feita constitucionalmente, porque estamos em uma luta pacífica para derrotar a mentira. O senhor Maduro pretende converter o país em um circo”.
Na quarta-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou Capriles de “fascista”, “burguesinho chorão” e “derrotado”, ao comentar a decisão dos opositores de impugnar judicialmente os resultados das eleições de 14 de abril passado. “Fascista maior, você foi derrotado, aceite sua derrota e pare de choramingar”, exclamou Maduro em um discurso para milhares de pessoas reunidas na Praça O’Leary, no centro de Caracas, por ocasião do Dia do Trabalho.
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“Você é um burguesinho chorão e fascista que deseja levar o país ao ódio e à violência”, afirmou o presidente sobre Capriles, derrotado pela pequena margem de 240.000 votos e que denuncia várias irregularidades no processo eleitoral.
Pancadaria – Maduro também responsabilizou Capriles pela pancadaria desatada na terça-feira na Assembleia Nacional, quando deputados chavistas atacaram opositores após a aprovação de uma medida que proíbe a palavra aos legisladores que não reconhecem a eleição do novo presidente.
“Tínhamos informação de que os opositores planejavam dois eventos violentos, um na Assembleia e outro no 1º de Maio, nas ruas”, disse Maduro, afirmando que apresentará vídeos nos meios de comunicação sobre os incidentes no Parlamento.
O clima era tenso antes mesmo do início da sessão, quando os deputados não alinhados ao chavismo que chegavam ao Parlamento não encontravam microfones em frente a seus assentos. Os equipamentos foram retirados por ordem do presidente da Assembleia, o chavista Diosdado Cabello. Os trabalhos só foram abertos com mais de três horas de atraso e, cerca de 30 minutos depois, o confronto eclodiu.
Tudo começou após a aprovação sumária da indicação da nova presidente do Banco Central venezuelano. Cabello impediu os deputados opositores de participar de debates adicionais sobre o assunto, alegando “reciprocidade” por ignorarem a vitória de Maduro nas eleições de 14 de abril. “Enquanto aqui nesta Assembleia Nacional não forem reconhecidas as autoridades, as instituições da República, os senhores da oposição poderão falar na (TV) Globovisión, no (jornal) El Nacional, mas aqui não”, disse Cabello.
Os deputados opositores então iniciaram um apitaço e mostraram um cartaz em que se lia “Golpe no Parlamento”. Foi o bastante para membros da bancada governista partirem para cima de seus pares não chavistas, dando início a um conflito que, segundo relatos, teve até a participação de um guarda-costas da Assembleia. Ao mesmo tempo, as câmeras da TV Assembleia foram viradas para o teto do plenário. Em seguida, a transmissão foi suspensa e o acesso de jornalistas ao local, proibido.
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VEJA Mercado - quinta, 2 de maio
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A agência de classificação de riscos Moody’s mudou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva. Em outras palavras, o país está mais próximo de ter sua nota de crédito melhorada. O Brasil está a duas revisões de obter o chamado grau de investimento, o que ajuda a atrair investimentos estrangeiros. O comitê do Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, se reuniu na quarta e decidiu manter as taxas de juros do país no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano. Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que altas de juros não fazem parte do cenário-base da instituição, mas falou em falta de progresso na busca pela meta de inflação de 2%. Diego Gimenes entrevista Luis Otávio Leal, economista-chefe da gestora G5 Partners, que comenta esses e outros assuntos.
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