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Biden acusa governo Trump de obstruir transição no Pentágono

'Não estamos obtendo todas as informações de que precisamos do atual governo', disse o presidente eleito, citando 'irresponsabilidade'

Por Da Redação 29 dez 2020, 11h45

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou na segunda-feira 28 que autoridades indicadas pelo presidente Donald Trump estavam protelando a transição no Pentágono e alertou que o país enfrenta riscos de segurança como resultado da obstrução.

Depois que ele e a vice-presidente eleita Kamala Harris foram informados por suas equipes de transição sobre a segurança nacional, Biden disse que autoridades ligadas a Trump no Pentágono, bem como no Escritório de Administração e Orçamento, levantaram “barreiras”.

“No momento, simplesmente não estamos obtendo todas as informações de que precisamos do atual governo nas principais áreas de segurança nacional”, disse Biden. “Não é nada menos que, a meu ver, irresponsabilidade.”

O democrata, que assume em 20 de janeiro, disse que busca “uma imagem clara” da equipe de transição sobre as posições das tropas americanas em todo o mundo.

“Precisamos de total visibilidade do planejamento orçamentário em andamento no Departamento de Defesa e em outras agências para evitar qualquer janela de confusão ou recuperação que nossos adversários possam tentar explorar”, disse.

O presidente eleito participou de uma reunião na segunda-feira com seus indicados a secretário de Estado, Defesa e Segurança Nacional, assim como assessores próximos. Ele afirmou que sua equipe concluiu que as agências “críticas para nossa segurança sofreram danos enormes” durante o mandato de Trump.

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“Muitas delas foram esvaziadas em pessoal, capacidade e moral. Há processos políticos que foram atrofiados ou marginalizados para ruína de nossas alianças. Isso torna ainda mais difícil para nosso governo proteger o povo americano”.

A mobilização de última hora de leais a Trump no Pentágono ocorre em meio a altas tensões com o Irã, que Trump culpou por um ataque contra a embaixada americana no Iraque antes do aniversário do assassinato em Bagdá de um importante general iraniano pelos EUA.

Pouco depois, ainda na segunda-feira, o secretário de Defesa americano, Chris Miller, rejeitou as acusações do democrata, afirmando que foram compartilhadas mais informações do que nos governos anteriores.

“O Departamento de Defesa realizou 164 reuniões com mais de 400 funcionários, entregou mais de 5.000 páginas de documentos, muito mais do que a equipe de transição de Biden pediu inicialmente”, disse em comunicado Miller, que tem ocupado o posto de secretário interinamente desde 9 de novembro.

Em 18 de dezembro, no entanto, Miller anunciou a suspensão de reuniões com a equipe de Biden para depois da virada do ano, citando a temporada de festas. O ato foi denunciado pela equipe democrata como uma “resistência” de alguns setores à transição e a afirmação foi classificada como falsa. 

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O governo Trump vem causando preocupações a respeito do Pentágono para a equipe de Biden desde a eleição, quando o presidente demitiu Mark Esper, então secretário de Defesa, que se distanciou do uso de força pedido pelo presidente contra manifestantes antirracismo no início do ano. 

Trump, por sua vez, segue fazendo afirmações sem fundamento de que a eleição de novembro foi a “mais corrupta na história dos Estados Unidos”. Sua campanha, porém, não conseguiu provar nenhum caso de fraude e as tentativas de impugnar a votação, examinadas por dezenas de juízes, foram rejeitadas, com apenas uma exceção. A Suprema Corte, de maioria conservadora graças às designações de três integrantes por Trump, se negou a sequer a considerar duas demandas dos republicanos.

Quando questionado em uma entrevista no canal Fox News se compareceria à posse de Biden em 20 de janeiro, como exige o protocolo e séculos de tradição, Trump se limitou a responder: “Não quero falar sobre isto”.

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