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Pelo Twitter, Trump anuncia demissão de secretário da Defesa

Mark Esper rompeu com o presidente em junho sobre envio de militares para controlar manifestações; é o 11º membro do gabinete a ser desonerado

Por Da Redação
9 nov 2020, 17h24

O presidente Donald Trump demitiu seu secretário de Defesa, Mark Esper, nesta segunda-feira, 9, aumentando a longa lista de 11 ex-membros de seu gabinete. A decisão, anunciada em uma publicação no Twitter, abreviou no Pentágono os últimos meses de Esper, que será substituído pelo presidente eleito Joe Biden em janeiro.

Na publicação da rede social, Trump disse que o militar da reserva havia sido “encerrado” e nomeou como interino o diretor do Centro Nacional de Contraterrorismo, Christopher Miller. Ele será a quarta pessoa a ocupar o cargo durante os quatro anos de governo Trump.

O militar tornou-se secretário da Defesa em julho de 2019. Ele substituiu Patrick Shanahan, que estava sendo investigado pelo FBI por agressão física contra a ex-mulher.

Shanahan, por sua vez, entrou no lugar de Jim Mattis, que renunciou ao cargo em 2018 devido a diferenças com o presidente.

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Segundo o jornal americano The New York Times, apesar das tentativas de seguir a linha de governo de Trump, a queda de Esper já era esperada.

Em junho, ele discordou publicamente do presidente, que ameaçou usar a Lei de Insurreição para enviar militares para controlar a onda de protestos antirracistas e contra a violência policial que tomaram os Estados Unidos. Pressionado por críticas da sociedade civil, o secretário rompeu com ele.

Depois de bater de frente com Trump, Esper evitou a mídia e manteve-se discreto, limitando comentários durante viagens à África, Oriente Médio e Índia. Quase todos os seus discursos pós-junho eram pré-gravados e sobre assuntos seguros (como críticas à China e à Rússia).

No entanto, Esper já havia sinalizado alguma oposição a outras opiniões de Trump em relação aos militares. Em julho, o Pentágono anunciou que iria proibir a bandeira Confederada em instalações do Exército, devido à sua conexão ao escravismo dos estados do sul do país durante a Guerra Civil.

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Sem nenhuma vez usar a palavra “confederado”, funcionários do Departamento de Defesa afirmam que a orientação foi escrita cuidadosamente para evitar a ira do republicano, defensor da bandeira.

Além disso, devido à pandemia de coronavírus, o ex-secretário de Defesa ignorou as orientações de Trump contra o uso de máscaras na Casa Branca. Ao contrário da maioria dos funcionários do presidente, Esper seguiu as diretrizes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs) sobre o uso de proteção facial em momentos de aglomeração.

Em entrevista ao portal Military Times, na última quarta-feira, Esper disse que nunca teve a intenção de renunciar ao cargo, apesar de estar esperando a demissão.

“Estou tentando compartilhar minhas visões e perspectivas enquanto ainda estão frescas”, disse ele na ocasião. O militar completou que priorizou a estratégia nacional de defesa “preservando minha integridade no processo”.

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Esper foi apelidado de “Yesper” pelo presidente e por seus críticos, porque, supostamente, sempre dizia “yes” (“sim”) para todas as ordens. Ele, contudo, discorda, indicando que foi “o que mais resistiu” diante das vontades de Trump dentre todos os membros do gabinete.

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