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Balão espião é parte de amplo esquema de vigilância chinês, diz emissora

As suspeitas são de agentes de inteligência dos EUA, que se esforçam em recuperar o balão capturado para a analise de suas capacidades

Por Da Redação
Atualizado em 8 fev 2023, 10h49 - Publicado em 8 fev 2023, 10h47

Um suposto “balão espião” chinês chocou o mundo após ser detectado flutuando pelo espaço aéreo dos Estados Unidos na semana passada. Autoridades americanas de inteligência, contudo, acreditam que ele é apenas parte de um extenso, e ameaçador, programa militar de vigilância da China.

Segundo a emissora americana CNN, que consultou fontes próximas às agências de inteligência de Washington, pelo menos seis desses balões já haviam sido detectados dentro do espaço aéreo dos Estados Unidos.

Aa autoridades afirmam que o programa de espionagem é parcialmente executado na pequena província de Hainan e já realizou, no mínimo, vinte missões em cinco continentes diferentes nos últimos anos. Segundo a CNN, contudo, os balões têm modelos variados e nem todos se parecem com o que foi derrubado pelos militares americanos no sábado 3, na costa da Carolina do Sul.

Agora, os restos do artefato foram recuperados e estão sob a análise de um time de engenheiros, militares e especialistas. Uma das dúvidas dos cientistas é se o dispositivo seria capaz de enviar dados em tempo real para a China, ou se a informação coletada seria armazenada no próprio dispositivo e depois verificada pelas autoridades chinesas.

+ China diz que segundo ‘balão espião’, avistado na América Latina, é seu

Além disso, os especialistas estão em busca dos rastros digitais que o balão deixou, para poder interceptar esse tipo de equipamento mais cedo no futuro. O general Glen VanHerck, comandante do Comando Norte dos Estados Unidos, disse em coletiva de imprensa na segunda-feira que Washington tinha uma “lacuna de consciência” que permitia que os balões cruzassem seu espaço aéreo sem serem detectados.

O hardware do balão será examinado para ampliar a compreensão sobre suas capacidades precisas. A tarefa, porém, é difícil, já que a analise depende da quantidade de danos à sua estrutura, que foi atingida por um míssil e caiu dentro do oceano. De acordo com a emissora CNN, a investigação corre por tempo indeterminado, mas há grandes expectativas pelos resultados.

“Com o balão em nossas mãos, podemos olhar para a tecnologia, reconstruir a cadeia de suprimentos, descobrir quem ajudou a construí-lo, quais componentes foram importantes para ele”, disse o deputado Jim Himes, o principal democrata da Comissão de Inteligência da Câmara. “Obviamente, você pode dizer suas funções e especificações. Obtê-lo equivale a um valor de inteligência muito alto.”

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Entre os motivos pelos quais esses balões nunca foram derrubados está o fato de que as autoridades americanas queriam ver o que eles estavam fazendo. “Não estamos sem defesas”, afirmou um membro do Comitê de Inteligência da Câmara. “Afinal, isso é um balão. Não é um bombardeiro furtivo”, acrescentou.

Segundo um oficial de Defesa americano, o país conta ainda com um sistema de “blecaute digital”, para proteger áreas sensíveis de tentativas de vigilância aérea.

+ China promete ‘resposta necessária’ após EUA derrubarem balão ‘espião’

Enquanto isso, a China afirma que o equipamento capturado era um balão meteorológico, que desviou do curso e não deveria estar passando pelos Estados Unidos. De acordo com Pequim, Washington estaria exagerando na resposta e violando a boa prática internacional. O país alertou que “se reserva o direito de usar os meios necessários para lidar com situações semelhantes”.

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