Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

China diz que segundo ‘balão espião’, avistado na América Latina, é seu

Pequim alegou, contudo, que o artefato é meramente de uso civil, para 'testes de voo', e se desviou da rota planejada

Por Da Redação
Atualizado em 6 fev 2023, 11h57 - Publicado em 6 fev 2023, 09h05

O governo da China admitiu nesta segunda-feira, 6, que um segundo balão “espião”, desta vez avistado na América Latina, é seu. Autoridades alegaram contudo, que a tecnologia se destina a uso civil.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, disse que o objeto se desviou de sua rota.

Um balão semelhante foi derrubado no espaço aéreo dos Estados Unidos por jatos militares no sábado 4, em meio a alegações de que estava sendo usado para espionagem e coleta de inteligência. A China negou as acusações, com a mesma justificativa de que era um artefato civil, destinado a pesquisas meteorológicas.

O incidente levou a uma disputa diplomática entre Washington e Pequim.

+ O problema dos dois corpos: balões chineses desafiam Estados Unidos

Na sexta-feira 3, antes de caças derrubarem o balão no fim de semana, militares americanos alertaram que um segundo balão chinês foi avistado sobre a América Latina. Nesta segunda-feira, o ministro Mao disse a repórteres que ele havia “desviado muito” de sua rota pretendida, citando a “manobrabilidade limitada” da aeronave e as condições climáticas.

Continua após a publicidade

“O dirigível não tripulado em questão que veio da China é de natureza civil e usado para testes de voo”, afirmou.

“A China é um país responsável e sempre cumpriu rigorosamente o direito internacional, a fim de informar e lidar adequadamente com todas as partes envolvidas, sem representar qualquer ameaça a nenhum país”, completou.

+ O que é o balão espião chinês que o Pentágono diz estar sobrevoando os EUA

No fim de semana, a força aérea da Colômbia disse que um objeto com “características semelhantes às de um balão” foi detectado em 3 de fevereiro no espaço aéreo do país, a mais de 16 mil metros de altura. Autoridades do país monitoraram o dirigível até deixar seu espaço aéreo,  acrescentando que não representava uma ameaça à segurança nacional.

Enquanto isso, mergulhadores da Marinha dos Estados Unidos continuam tentando recuperar os destroços do balão de vigilância, que foi derrubado na costa da Carolina do Sul no sábado.

Continua após a publicidade

O presidente americano, Joe Biden, aprovou o plano para derrubar o balão na última quarta-feira 1, mas decidiu esperar até que estivesse sobre a água para não colocar pessoas em risco. Após o artefato ter passado sobre o estado de Montana, onde há armas nucleares armazenadas em mais de cem silos, autoridades do país disseram acreditar que o objetivo da China era monitorar locais militares sensíveis.

O almirante Mike Mullen, ex-presidente do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, rejeitou a alegação de Pequim de que o balão desviou do curso, dizendo que suas hélices permitem manobras.

“Isso não foi um acidente. Isso foi deliberado. Foi inteligência”, acrescentou.

As relações entre chineses e americanos ficaram ainda mais tensas devido ao incidente. O Pentágono classificou-o de “violação inaceitável” de sua soberania e uma viagem planejada do secretário de Estado, Antony Blinken, à China foi cancelada como resultado da briga.

A China apresentou uma queixa formal à embaixada dos Estados Unidos em Pequim pelo cancelamento.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.